Mitos sobre exames de sangue: especialista desmistifica os principais mitos e dúvidas que envolvem os exames laboratoriais

Os exames de sangue são uma das principais ferramentas da medicina moderna para o diagnóstico e monitoramento de inúmeras condições de saúde. Eles permitem que médicos obtenham informações valiosas sobre o funcionamento dos órgãos, a presença de infecções, o equilíbrio hormonal e até mesmo a detecção de doenças graves em estágios iniciais. Contudo, apesar da importância desse procedimento, ainda há muitas dúvidas e mitos que cercam os exames de sangue, o que pode gerar insegurança e desinformação entre os pacientes.

Muitos acreditam que o exame de sangue é apenas um “procedimento de rotina”, ou algo que só deve ser feito quando há sintomas aparentes. Outros temem a dor ou os preparos necessários para a coleta, como o jejum prolongado. O bioquímico e responsável técnico do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, Marcos Kozlowski, destaca a importância de esclarecer essas questões e desmistificar algumas crenças incorretas. “Os exames de sangue são fundamentais não apenas para detectar doenças, mas também para monitorar a saúde geral. Compreender como eles funcionam e o que realmente é necessário para realizá-los ajuda a desmistificar o processo, deixando o paciente mais seguro”, afirma.

Kozlowski explica que além de detectar condições comuns como anemia e infecções, os exames de sangue podem identificar doenças mais graves de maneira precoce, como o câncer de próstata e o HIV. “Um simples exame de sangue pode salvar vidas, pois ele oferece uma vasta quantidade de informações sobre o estado de saúde do paciente e pode apontar condições que, muitas vezes, não apresentam sintomas no estágio inicial. Além disso, é importante realizar os exames em laboratórios confiáveis já que a precisão dos resultados depende da qualidade do laboratório. Por isso, é essencial escolher estabelecimentos com equipe qualificada e tecnologia adequada”, enfatiza Kozlowski.

Mitos comuns sobre os exames de sangue

– Exame de sangue é doloroso

A coleta de sangue é rápida e o desconforto é mínimo. “A maioria das pessoas sente apenas uma picada leve da agulha, e o procedimento em si dura poucos minutos. Profissionais qualificados fazem o procedimento de forma segura e eficiente”, esclarece Kozlowski.

 

– É preciso jejum para todo exame de sangue

Não são todos os exames de sangue que exigem jejum. “O jejum é necessário apenas para alguns exames específicos. Outros, como o hemograma, não requerem esse tipo de preparo. De qualquer forma é essencial seguir as orientações do laboratório para cada tipo de análise”, explica o bioquímico.

– Exames de sangue são indicados apenas quando há sintomas

Exames de sangue podem identificar doenças silenciosas, como câncer e HIV, mesmo em pessoas que aparentam estar saudáveis. “Um simples exame pode detectar condições sérias em seus estágios iniciais, antes que os sintomas apareçam, permitindo um tratamento precoce e mais eficaz”, destaca Kozlowski.

– Os resultados de exames de sangue sempre indicam doenças graves

Nem toda alteração em um exame de sangue indica um problema grave. “Variações leves nos resultados podem ser causadas por fatores como estresse, alimentação ou até medicamentos. Por isso, é importante que o médico analise os resultados em conjunto com o quadro clínico do paciente”, explica o bioquímico.

– Tomar água antes do exame pode comprometer o resultado

Beber água, em geral, não interfere na maioria dos exames de sangue. “A hidratação é, na verdade, benéfica, pois facilita a coleta de sangue. Contudo, alguns exames específicos podem ter orientações diferentes, então é importante seguir as instruções do laboratório”, orienta Kozlowski.

–  O exame de sangue só detecta doenças específicas

Além de doenças específicas, exames de sangue fornecem informações gerais sobre a saúde do paciente. “Exames como o hemograma podem avaliar o estado do sistema imunológico, a presença de infecções, inflamações e condições como anemia. São exames amplamente utilizados na prática clínica”, ressalta o bioquímico.

– A coleta de sangue em casa não é tão segura quanto a realizada no laboratório

Desde que realizada por profissionais habilitados e com o uso de equipamentos adequados, a coleta de sangue domiciliar é segura e eficaz. “Laboratórios que oferecem esse serviço seguem protocolos rigorosos para garantir a qualidade e a segurança do processo”, afirma Kozlowski.

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