Dia da Mundial da Hipertensão: Apneia do Sono é importante fator de risco para a saúde cardíaca

Apneia moderada a grave acontece em 30% dos pacientes com hipertensão arterial sistêmica diagnosticada

Hoje, dia 17 de maio, o mundo volta sua atenção para a conscientização sobre a Hipertensão Arterial, uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o planeta. No entanto, além dos fatores tradicionalmente associados a essa doença, como dieta desequilibrada e falta de exercício físico, há um aspecto muitas vezes subestimado que merece destaque: a apneia do sono.

A apneia do sono é uma doença caracterizada por pausas na respiração durante o sono, muitas vezes acompanhadas por roncos altos e interrupções no padrão de sono. Essas pausas levam a quedas cíclicas do nível de oxigênio no sangue, constituindo o principal mecanismo que prejudica o sistema cardiovascular, aumentando o risco de doenças cardíacas. Vale ressaltar que a prevalência de apneia do sono em pacientes hipertensos é consideravelmente maior do que na população geral.

Segundo o Dr. Geraldo Lorenzi-Filho, pneumologista e Diretor Médico da Biologix, é importante ressaltar que o sono foi considerado pela American Heart Association como o 8º pilar da saúde, porque afeta diretamente o sistema cardiovascular. “A relação entre apneia do sono e hipertensão arterial é bem estabelecida. Durante os episódios de apneia, ocorrem oscilações na pressão arterial, podendo causar danos nas artérias e no coração ao longo do tempo, aumentando o risco de hipertensão e outras doenças cardiovasculares”, ressalta. De acordo com o especialista, a apneia moderada a grave acontece em 30% dos pacientes com hipertensão arterial sistêmica diagnosticada.

Para compreender melhor os riscos associados à apneia do sono, é importante estar atento aos sintomas:

Ronco crônico: O ronco é frequentemente associado à apneia do sono, especialmente quando é alto. Esse som ocorre devido ao estreitamento das vias aéreas superiores durante o sono, o que resulta em vibrações dos tecidos da garganta.
Pausas na respiração durante o sono: Um sintoma importante da apneia do sono é a pausa temporária da respiração durante o sono. Essas interrupções na respiração podem ser percebidas por um parceiro(a) de sono e geralmente são seguidas por um ronco alto ou engasgo quando a respiração é retomada. Podem ocorrer várias vezes durante a noite, interrompendo o ciclo normal do sono.
Sonolência diurna: Devido à qualidade prejudicada do sono causada pelas repetidas interrupções respiratórias, as pessoas com apneia do sono muitas vezes têm sonolência durante o dia. Mesmo após uma noite de sono aparentemente longa, eles podem sentir uma necessidade de cochilar durante o dia.
Fadiga em excesso: A falta de um sono reparador devido à apneia do sono pode levar a uma sensação persistente de fadiga durante o dia. Essa sensação de cansaço pode prejudicar a concentração, a memória e o humor.
Despertares noturnos: Os despertares noturnos frequentes são um sintoma comum da apneia do sono, interrompendo o ciclo de sono e levando a uma sensação de sono não reparador.
“O reconhecimento e tratamento da apneia do sono baixam a pressão arterial, mostrando que a apneia contribui para o aumento da pressão. Os dois principais fatores para a hipertensão são a restrição do sono – quem dorme menos de 6 horas aumenta o risco de doenças cardiovasculares, inclusive pressão alta – e outro é o sono de má qualidade, sendo o principal representante a apneia obstrutiva do sono. Portanto, a conscientização sobre os riscos da apneia do sono e a busca por diagnóstico precoce e tratamento adequado são essenciais para proteger a saúde cardiovascular e promover uma melhor qualidade de vida”, conclui Lorenzi Filho.

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