Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal: médica fala sobre principais sintomas e tratamentos
Biossimilares são fundamentais para ampliação do acesso a tratamentos de qualidade
O Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (DII), celebrado em 19 de maio, marca a luta de pessoas de todo o mundo contra a doença de Crohn e a colite ulcerativa, que se manifestam por meio de uma variedade de sinais e sintomas, predominantemente no intestino grosso, parte vital do sistema digestivo responsável pela extração de nutrientes e água dos alimentos. De acordo com a diretora associada de assuntos médicos da Organon, Dra. Nanci Utida, os sintomas podem incluir dor abdominal intensa, diarreia, sangue nas fezes e perda de peso.
A DII é uma doença complexa que surge como resultado da interação de fatores ambientais e genéticos que levam a respostas imunológicas e inflamação no intestino. São doenças autoimunes, em que o próprio sistema imunológico do indivíduo ataca elementos do sistema digestivo. Os principais tipos de DII são a doença de Crohn (DC) e a colite ulcerativa.
O tratamento deve ser individualizado para cada paciente. Dependendo do nível de gravidade, a DII pode exigir o uso de medicamentos para diminuir a atividade do sistema imunológico para controlar os sintomas, com medicamentos chamados biológicos, como por exemplo a da classe dos inibidores de TNF.
Nesse aspecto, a diretora enfatiza que os biossimilares desempenham um importante papel no acesso a tratamentos de qualidade. Isso porque, embora não haja uma obrigatoriedade de estabelecer preços mais baixos no mercado, um produto biossimilar pode custar de 30% a 70% menos em comparação com o medicamento de referência, e ainda menos se produzido por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Essa redução de custos representa uma economia significativa nos tratamentos especializados.
Entretanto, apesar dos avanços no tratamento, os desafios persistem. “Muitos pacientes e profissionais de saúde ainda não possuem um conhecimento profundo sobre os biossimilares, o que pode gerar dúvidas e receios sobre a sua utilização”, afirma. No entanto, estudos comprovam que os biossimilares são opções seguras e eficazes para o tratamento de DII, com o mesmo nível de qualidade e segurança dos medicamentos biológicos originadores.
Uma pesquisa realizada em 2023 pelo Instituto Ipsos, por encomenda da farmacêutica Organon, revela que apenas 40% dos médicos declaram ter um conhecimento profundo sobre biossimilares. Nesse contexto, a médica destaca o papel essencial dos profissionais de saúde na promoção do uso adequado de biossimilares no tratamento de DII.
Ela ressalta que os profissionais de saúde podem desempenhar um papel ativo na defesa de políticas de saúde que promovam a utilização de biossimilares. ”Ao reconhecer e abordar essas questões, podemos trabalhar juntos para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das milhões de pessoas afetadas pela DII em todo o mundo”, finaliza.