Estudo sugere que a suplementação de vitamina D na infância pode reduzir sintomas psiquiátricos

Um estudo recente conduzido pela Universidade de Tampere, na Finlândia, revelou uma descoberta intrigante: a suplementação de vitamina D3 durante a primeira infância pode ter um impacto significativo na redução de sintomas psiquiátricos posteriormente. A pesquisa investigou o efeito de doses padrão e triplicadas de vitamina D em crianças de duas semanas a dois anos de idade, e foi observado que a dose mais alta estava associada a menos casos de humor deprimido, ansiedade e comportamento retraído.

Segundo o Pós PhD em neurociências e Biólogo Dr. Fabiano de Abreu Agrela, os pesquisadores randomizaram as crianças em dois grupos, administrando a dose padrão diária de 10 microgramas de vitamina D3 em um grupo e a dose triplicada de 30 µg no outro grupo. “Os resultados surgiram durante a fase final de acompanhamento, quando os pais de 346 crianças avaliaram os sintomas psiquiátricos de seus filhos por meio de um questionário. Foi constatado que as crianças que receberam a dose mais alta de vitamina D3 apresentaram redução significativa nos sintomas de humor deprimido, ansiedade e comportamento retraído em comparação com aquelas que receberam a dose padrão”, afirma Fabiano.

No entanto, os pesquisadores ressaltam que mais estudos são necessários para solidificar essas descobertas. A pesquisa focou nos sintomas psiquiátricos relatados pelos pais, e os participantes do estudo eram crianças de ascendência nórdica que viviam na Finlândia, o que pode limitar a generalização dos resultados para outras populações. Apesar disso, essa pesquisa fornece informações iniciais interessantes sobre o impacto potencial da vitamina D na saúde mental infantil.

À medida que a pesquisa avança nessa área, um mundo de possibilidades se abre para a compreensão dos fatores que influenciam o desenvolvimento psicológico das crianças. O estudo nos leva a questionar como outras variáveis, como genética, ambiente, criação e hábitos, podem se interligar com a suplementação de vitamina D e impactar a saúde mental infantil. O neurocientista destaca que apesar dos resultados positivos da pesquisa, é necessário verificar com um médico a possibilidade de suplementação, pois a hipervitaminose, causada pelo consumo excessivo de vitamina D, pode acarretar efeitos colaterais e ser prejudicial à saúde. É fundamental que a suplementação seja acompanhada por um profissional de saúde, levando em consideração as necessidades individuais de cada pessoa. Afinal, equilíbrio e cuidado são essenciais quando se trata de promover a saúde e o desenvolvimento cognitivo das crianças.

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