Dia do orgasmo: mais metade dos homens têm medo de serem substituídos por sex toys

Pesquisa realizada pelo aplicativo Ysos também mostra que 60% das mulheres já tiveram dificuldade para gozar

Há 24 anos, 31 de julho é marcado como o Dia do Orgasmo. A data nasceu da iniciativa de sex shops britânicos que buscavam não só aumentar suas vendas, como também ampliar o debate sobre a dificuldade de muitas pessoas em atingi-lo. Hoje, o uso de sex toys, ainda que popular, deixa muitos homens com receio de serem comparados ou substituídos por esses acessórios.

Uma pesquisa feita com 1,5 mil usuários do Ysos, app direcionado a encontros casuais e liberais, mostrou que 54% dos homens são resistentes aos brinquedos sexuais e, boa parte deles alega que não gostaria de colocar sua performance em xeque em uma possível comparação. Para Mayumi Sato, CMO do Ysos, embora esses produtos sejam um complemento no sexo, não é raro encontrar homens com essa opinião. “O que a gente percebe é que ainda é uma cultura falocêntrica, que limita as experiências sexuais uma vez que os envolvidos deixam de aproveitar novas maneiras de sentir prazer”.

TS* é um dos que prefere não misturar sex toys com o sexo de carne e osso. Ele e o namorado até chegaram a tentar, mas a situação não aconteceu como gostariam. Desde então, eles só usam acessórios quando estão sozinhos. “A gente já tentou alguns brinquedos juntos, mas não curtimos. Acabou ficando uma situação incômoda e decidimos não tentarmos mais. Quando rola essa vontade de apimentar as coisas, preferimos buscar outro homem no app”, diz.

Apesar de casos como o de TS* serem comuns, a mesma pesquisa, revelou que o uso de sex toys em relações com mais de duas pessoas, seja no Ménage a Trois  ou no Swing, é bastante comum.
Entre os perfis de homens, mulheres e casais,  55% dos respondentes já incrementaram o sexo com brinquedinhos. Como é o caso de Edu, que não é adepto de nenhum acessório quando está sozinho, mas não rejeita a opção quando está acompanhado, seja por uma, duas, ou mais pessoas. “Nunca me senti inseguro com isso, mas acho que tem que saber usar, tem muitas mulheres que adoram. Eu sempre indico o vibrador de ponto G e massageadores”, afirma.

A educadora sexual e antropóloga Loren Kaiza, que também é fundadora de um sexshop com foco em autocuidado e bem-estar, conta que já presenciou casais de clientes empolgados com um vibrador recém adquirido e que usariam dali a poucas horas com uma amiga. “Na minha pesquisa de mestrado conheci uma mulher que levava o vibrador para usar no swing com as parcerias femininas.

O casal Si* e Kris*, adepto dos relacionamentos liberais, frequentemente utiliza acessórios em seus encontros casuais. “Sempre que os envolvidos aprovam a ideia nós usamos toys. Já usamos cintas, vibradores, algemas, géis, plugs, mas sem dúvida o que faz mais sucesso é a varinha mágica”, diz o marido Kris.

O  uso é livre, mas o cuidado é constante

Um dos pontos levantados pela educadora sexual é que a regra principal para o compartilhamento de objetos durante a transa é o uso de preservativos. “Um estudo publicado em 2014, conduzido pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, observou a presença do vírus HPV em vibradores de silicone. Os resultados indicaram que 40% das amostras positivaram mesmo 24 horas após o uso e a limpeza”.

Conscientes do risco e das medidas preventivas necessárias, Si* e Kris* têm sua própria regra de que cada um tem seus próprios toys e não há uma troca entre os objetos. “Se for rolar algum tipo de compartilhamento a regra é a mesma: o uso de preservativo sempre”, dizem.

Dicas de milhões

Para quem quer começar a curtir esses apetrechos cada vez mais famosos, Amanda Carvalho, da loja Brilho Proibido, especialista no assunto, dá algumas sugestões:

Anel Peniano com vibrador: provoca uma compressão na base do pênis enquanto massageia o clitóris durante a penetração. Imprescindível para aqueles homens que querem retardar a ejaculação e excitar a parceria.

Vibrador em cápsula: perfeito para quem quer se aventurar com mais de uma pessoa, pois ele pode ser controlado por um aplicativo de celular e interagir com diversos usuários, inclusive à longa distância. Já pensou, proporcionar prazer a alguém do outro lado do mundo?

Vibrador para casais (Letitia): indicado para o casal usar juntinho. Enquanto a parte menor se encaixa no canal vaginal, a maior fica por fora, no clitóris. Além de ser anatômico e permitir que o parceiro penetre junto.

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