A importância do autocuidado para quem é mãe

A psicóloga Monique Stony explica que é preciso olhar inicialmente para as necessidades básicas da mulher

Quem é mãe sabe que, especialmente nos primeiros anos de vida da criança, é mais difícil conseguir tempo sobrando para cuidar de si mesma, por isso, planejar formas estratégicas de investir em autocuidado é fundamental.

De acordo com Monique Stony, psicóloga, executiva de Recursos Humanos e autora do livro “Vença a Síndrome do Degrau Quebrado”, lançado recentemente pela Editora Gente, é preciso olhar inicialmente para as demandas básicas da mulher. “Gosto, inclusive, de trazer a pirâmide de Maslow para discussão, pois não adianta o parceiro chegar com um presente ou o convite para uma viagem para uma mãe se ela só pensa que precisa dormir. Então temos que partir sempre dessa necessidade básica para falar em autocuidado”, analisa.

Entre as questões relacionadas a necessidades básicas estão a privação de sono, alimentação inadequada e a falta de uma rede de apoio. “A primeira questão, portanto, é pensar em formas de resolver essas demandas. E para fazer isso pode ser necessário ter conversas difíceis com o parceiro ou parceira, já que, muitas vezes, tem a ver com problemas na divisão de tarefas e de responsabilidades no cuidado com a casa e com os filhos. Muitas mulheres não se sentem nem à vontade para negociar um tempo para si mesmas. E quando a gente olha para nosso autocuidado precisamos liderar esse tipo de conversa”, diz.

A psicóloga ressalta que sem uma rede de apoio se torna praticamente impossível falar em autocuidado para quem está exercendo a maternidade. “Por isso é inevitável ter conversas sobre discussão de papéis e responsabilidades dentro de casa”, afirma.

Confira sugestões estratégicas de Monique Stony para começar a colocar o autocuidado na rotina:

  • Comece com as necessidades básicas, avaliando como está o sono e a disposição física. “Quando você olha com atenção para o sono, a alimentação e a atividade física, isso melhora naturalmente diversas outras áreas da vida”.
  • Monte sua rede de apoio e delegue as atividades das quais você pode abrir mão e confiar a outros.
  • Crie rituais para tornar o dia melhor – “Você consegue tomar um café e pensar em motivos para agradecer no dia? Isso ajuda a ampliar a sensação de bem estar. E que tal um banho mais demorado? Combine com o parceiro um dia para poder olhar mais para si”.
  • Pense em algo para fazer quando a criança estiver dormindo ou entretida em outras atividades – “O que você pode fazer por si mesma? Não é só cuidar da casa, planeje um pouco desse tempo para você”.
  • Separe um tempo para meditação e/ou terapia, pois é importante ter com quem conversar e desabafar.
  • Planeje um tempo para fazer uma massagem – ou até mesmo uma automassagem é uma ação de autocuidado.
  • Organize uma saída com amigos ou “Para quem trabalha em casa, vale combinar um café virtual”, recomenda a psicóloga.

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