O poder da luz na decoração: confira dicas para acertar na iluminação de casa e do escritório
De acordo com especialista em iluminação, a temperatura de cor e a escolha correta de materiais pode influenciar no humor de quem utiliza o espaço
A iluminação é parte fundamental da decoração da casa ou escritório. Além da parte funcional, a escolha da iluminação correta tem a capacidade de proporcionar relaxamento e aumentar a produtividade. No entanto, muitas pessoas ainda cometem erros na hora de escolher a iluminação do espaço.
“Devemos sempre pensar no tipo de iluminação adequada para cada ambiente. Se for iluminar um local de trabalho ou leitura, cuide para não posicionar a luz nas costas, gerando sombra. Cuidado com a iluminação focada, utilizamos ela para destaques, e não iluminação geral, pois pode ocasionar ofuscamento. O ideal é optar por luzes indiretas em locais em que se quer aconchego e para descanso, com uma iluminação suave”, explica Priscila Pavan, Supervisora Comercial de Iluminação da Andra Materiais Elétricos e Iluminação.
A escolha correta da iluminação pode influenciar nas emoções das pessoas e traz um grande impacto para o ambiente. “Se colocarmos, por exemplo, uma iluminação de temperatura de cor branca em uma sala de estar, pode incomodar, por ser muito intensa. Já uma iluminação de temperatura de cor amarela, traz sensação de aconchego, e não é adequada para colocar em escritórios. Para os ambientes de trabalho, indicamos uma iluminação neutra e optar por um fluxo luminoso adequado para o metro quadrado, deixando o ambiente mais harmonioso”, comenta Priscila.
Como definir a potência e cor da iluminação em cada ambiente?
A temperatura de cor quente proporciona maior aconchego e conforto e, por isso, é normalmente indicada para ambientes como sala ou quarto. Já a temperatura de cor fria facilita a concentração e a atenção, e é a mais utilizada em ambientes de trabalho ou estudos. “A temperatura de cor é a aparência da luz emitida pela lâmpada. Quanto mais alta é a temperatura de cor na escala, mais azulado é o tom da luz, e quanto mais baixa a temperatura, mais amarelada é a luz da lâmpada ou outra fonte de iluminação. A unidade de medida da temperatura de cor é o Kelvin (K), em uma escala que varia de 1000K a 10.000K”, diz Priscila.
Em linhas gerais, as luzes são definidas em três categorias:
- Luz quente: até 3000K é aconchegante e ideal para relaxamento, momentos de leitura. É bastante usada em ambientes como salas de estar, quartos, áreas de lazer e jardins.
- Luz neutra: entre 3000K a 5000K, a luz é indicada para cozinhas, banheiros, escritórios e atividades que exigem mais atenção.
- Luz fria: acima de 5000K. É usada em clínicas, indústrias, hospitais e espaços corporativos. São espaços que exigem muita concentração.
Quanto mais luminárias um ambiente tiver, mais ele será iluminado?
Esse é outro erro que as pessoas cometem. “Pecar pelo excesso ou pela falta de iluminação. Por desconhecimento, as pessoas acabam não conseguindo dosar utilidade e aconchego: ou o ambiente fica excessivamente claro, gerando um desconforto ao olhar; ou fica escuro demais, fazendo com que nossos olhos precisem fazer um esforço extra. Por isso é importante saber diferenciar as diferentes temperaturas de cor (quente, neutra ou fria)”, revela Priscila.
Em ambientes como cozinha, por exemplo, são usadas lâmpadas mais frias. Mas depende muito do gosto do cliente. Tem pessoas que passam mais tempo no espaço e aproveitam para fazer suas refeições, tomar um vinho. Outras, não. Usam o ambiente apenas para cozinhar e fazem as refeições numa sala de jantar. “Algumas cozinhas, por exemplo, são integradas com a sala de jantar/ e ou estar, nesse tipo de projeto utilizamos uma temperatura única de lâmpada, para esta geralmente indico 3000K”, comenta.
Uma das tendências recentes do mercado são os sistemas de automação, para controle da intensidade da luz. “Por meio de um dimmer no interruptor, controles remotos ou sensores, é possível diminuir ou aumentar a quantidade de luz que você quer no ambiente. Além de criar espaços mais intimistas e relaxantes, a dimerização também diminui a potência da luminária, o que reduz o gasto de energia”, conta Priscila.
Esses sistemas são muito utilizados em quartos, salas e até banheiros. Hoje existem diversos aparelhos que permitem regular a intensidade de iluminação, ligar e desligar a luz e até mesmo mudar a cor da lâmpada, por meio de dispositivos como Alexa e até interruptores inteligentes.
Tipos de iluminação: como escolher o material ideal?
Segundo a especialista, existem três tipos de iluminação, que norteiam a escolha dos produtos ideais em cada ambiente:
- Direta: a luz foca em algum objeto ou espaço em destaque; os spots de LED cumprem esta função;
- Indireta: a fonte de luz fica escondida e espalha-se por todo ambiente, parede, teto. Pode ser colocada em sancas ou atrás de painéis.
- Difusa: a luz é distribuída através de difusor de acrílico, policarbonato ou vidro que serve para suavizar a luz, deixando-a com menor intensidade e brilho.
“O mercado está cada vez mais inovador e moderno. Com auxílio de um consultor de vendas, ele poderá indicar para o cliente o melhor produto para cada ambiente do projeto luminotécnico. O profissional vai indicar tamanho da luminária, fluxo luminoso, temperatura de cor e quantidade se for necessário”, complementa. A especialista traz dicas para não errar na iluminação de cada cômodo. Confira!
- Sala: é um local que precisa de luz mais ampla. Por isso, o ideal é optar por luminárias de teto, spots de LED, perfis de LED ou algum lustre, quando for destacar algum objeto específico.
- Quartos: luminárias embutidas em gesso, luminárias suspensas perto da cama criam uma atmosfera relaxante para leitura, estudos, etc.
- Banheiro: a iluminação do banheiro varia muito. A luz direcionada para o box deve ser forte e clara. Já se o espelho for usado para maquiagem, barbear, deve-se colocar luzes auxiliares.
- Cozinha: a luz deve ser clara e forte. Uma boa opção são fitas de LED instaladas nas bancadas ou embaixo de armários e spots de LED nos balcões.