Infecções respiratórias podem ser prevenidas
Saiba como o vírus sincicial respiratório, conhecido como VSR, pode ser identificado e prevenido
Com a chegada do inverno, as campanhas de vacinação para a gripe se intensificam. Nessa estação, há uma diminuição da umidade do ar, deixando as mucosas do trato respiratório ressecadas e mais propícias à irritação. Além disso, pela baixa temperatura os ambientes tendem a ficar fechados, abafados e como as partículas ficam suspensas no ar, aumentam a contaminação de vírus, bactérias e alérgenos.
Na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, as internações por quadros respiratórios, em leitos pediátricos, representam a principal causa de internação entre março e junho de 2023 englobando os diagnósticos de gripes, bronquiolite, broncoespasmos e pneumonias, correspondendo a cerca 60% das internações.
Além do vírus Influenza, outro vírus atinge o sistema respiratório, é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), afetam mais o público infantil e idoso, podendo ser fatal para esse público em questão. O VSR é o mais prevalente, podendo ser encontrado em até 40% das pesquisas virais, de acordo com a Rede São Camilo de São Paulo. Isso reforça a importância da vacinação durante o inverno para prevenir o vírus H1N1, por exemplo.
“O VSR em si não possui um imunizante, e sim, um medicamento indicado para que as pessoas possam se proteger do vírus. Porém, é necessária a prescrição desse medicamento e ele só é indicado para o período de sazonalidade do vírus”, comenta a infectologista pediátrica da Rede São Camilo, Claudia Maruyama.
Sintomas e Prevenção
Maruyama destaca os principais sintomas e as formas de prevenção do VSR. Entre os principais sintomas do vírus sincicial respiratório estão dores de garganta, chiado no peito, febre baixa, dores de cabeça, tosse e espirros. Nos casos mais graves, pode levar a pneumonia e insuficiência respiratória aguda grave, levando a necessidade de intubação orotraqueal.
Atualmente, a primeira vacina contra o vírus sincicial respiratório foi aprovada este ano nos Estados Unidos desenvolvida pela empresa GSK indicada para as pessoas a partir dos 60 anos de idade.
Logo, as principais maneiras de prevenir vírus como o VSR, são:
- Vacinar-se e vacinar os pequenos contra a gripe. O vírus Influenza também é uma causa de infecções respiratórias graves;
- Não frequentar aglomerações com bebês ou crianças pequenas, elas são o público mais atingido pelo vírus sincicial;
- Ficar atento ao quadro de sintomas nas crianças é importante para a identificação precoce do vírus;
- Usar a máscara se estiver com algum sintoma;
- Higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool 70%;
- Manter ambientes internos sempre ventilados, evitar ambientes fechados, abafados e evitar contato com pessoas sintomáticas;
- Manter alimentação e hidratação adequada.
Cenário da vacinação no Brasil
A vacinação é algo cada vez mais importante para a sociedade, seja a BCG, a vacina contra pólio, Covid-19 e HPV o imunizante é responsável por proteger as formas graves, diminuindo os riscos de internação, disseminação da doença e óbitos, podendo levar até a erradicação da doença. Especialmente após a pandemia da Covid-19, imunizantes se tornaram assunto ainda mais presente nas conversas do dia a dia da população.
A cobertura vacinal vem apresentando uma queda considerável, segundo o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal do país em 2022 ficou em cerca de 67,94%, sendo que o recomendado é acima de 95%. Nesse cenário, entender como as vacinas são feitas pode ser uma alternativa para a desinformação.
De acordo com a infectologista pediátrica na Rede de Hospitais São Camilo, Claudia Maekawa Maruyama, as vacinas foram responsáveis por erradicar somente a varíola. o imunizante tem por objetivo prevenir algumas doenças infecciosas ou a sua forma grave, diminuindo os riscos de internação, disseminação da doença e óbitos, podendo levar até a erradicação da doença. “Doenças como paralisia infantil, sarampo, rubéola, coqueluche, tétano, entre outras, não estão erradicadas, mas são efetivamente controladas pela vacinação”, comenta.
É importante ressaltar que todos os imunizantes no Brasil são regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que possam ser disponibilizados nas redes de saúde.