Cisto pilonidal é comum em adolescentes e adultos jovens
Localizado na região do cóccix, o problema é incômodo e doloroso
Também chamado de cisto sacrococcígeo, o cisto pilonidal é uma doença relativamente comum em adolescentes e adultos jovens, geralmente observada dos 15 aos 30 anos de idade, acometendo o sexo masculino em 80% dos casos. Trata-se de uma inflamação crônica, localizada na região do cóccix. É bastante incômoda e dolorosa por ser com tratamento cirúrgico.
As causas da doença ainda são motivo de controvérsia, mas dentre as teorias mais aceitas estão atrito no local, inversão do crescimento do pelo e microtraumas, que levariam à inflamação crônica e formação dos cistos e trajetos fistulosos.
O cisto pilonidal fica localizado no cóccix, região acima da prega glútea, e devido à proximidade com o ânus e também com a parte final da coluna vertebral muitas vezes causa dificuldade diagnóstica e os pacientes costumam percorrer diversos especialistas antes de terem o diagnóstico corretamente firmado.
A médica Sônia Time, coloproctologista do Hospital VITA, em Curitiba (PR), explica que após o surgimento, o paciente fica suscetível a episódios de recidiva. Poucas pessoas não apresentam sintomas, porém a maioria delas sente dor devido à inflamação e em muitos casos há saída de secreção e abscessos que exigem cirurgias de emergência para drenagem. “Isso é bastante incômodo para quem sofre com o problema”, frisa a especialista.
Segundo a Dra. Sônia, a conduta definitiva para pacientes que sofrem com dor, desconforto e saída de secreção é o tratamento cirúrgico. No entanto, o procedimento convencional, com corte, apresenta um pós-operatório bastante temido por ser muito trabalhoso, devido à necessidade de curativos diários e de um tempo de recuperação longo, por volta de dois a três meses. Além disso, o problema apresenta um índice relativamente alto de recidiva, o que leva o paciente a postergar o tratamento definitivo.
Para minimizar o problema, uma moderna técnica de cirurgia minimamente invasiva, a cirurgia a laser, foi desenvolvida e já está presente como opção de tratamento. “A técnica, sem dúvida, vem mudando a qualidade de vida de muitos pacientes que sofrem com cistos pilonidais”, pontua a coloproctologista.
“Com o laser é possível realizar o procedimento cirúrgico sem cortes grandes, aplicando o laser nos trajetos internos do cisto, proporcionando cicatrização mais rápida, sem a necessidade de curativos trabalhosos, e de forma praticamente indolor”, revela a Dra. Sônia. A médica destaca também que o tratamento pode ser feito em esquema de hospital dia, ou seja, sem a necessidade de internamento, e com retorno precoce às atividades.