Beach tennis é o segundo esporte mais praticado no Brasil: saiba como prevenir as lesões
O Brasil é o segundo país do mundo na prática de beach tennis, atrás somente da Itália. A popularidade do esporte cresceu 40% durante a pandemia e a modalidade esportiva só perde para o futebol
A prática regular de atividade física e esporte em geral é fundamental e benéfica não somente para o corpo, mas também para mente e para a longevidade. O beach tennis, esporte ao ar livre que mistura técnicas de tênis e vôlei, conquistou pessoas no mundo inteiro: o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial da prática desse esporte, perdendo apenas para a Itália, segundo a Federação Internacional de Beach Tennis (IFBT).
São inúmeros os benefícios da prática do exercício físico e alguns deles estão relacionados à melhora do sistema cardiovascular, à diminuição da gordura visceral, à prevenção de lesões degenerativas centrais, como epilepsia, alzheimer e depressão. “As pessoas devem ser estimuladas a se exercitar, mas com cautela e preparo”, explica Breno Schor, médico ortopedista credenciado Omint, especialista em ortopedia e traumatologia e cirurgia do ombro e cotovelo. “Quase sempre as lesões ocorrem ou por aumento de carga ou por repetição de erro técnico, deixando o corpo mais vulnerável. Ter aulas com profissionais do esporte é fundamental”, complementa.
Principais lesões do beach tennis
Schor explica que as lesões mais comuns decorrentes do beach tennis atingem os ombros e os cotovelos. “A bursite é um dos principais danos ao ombro e a causa está relacionada à sobrecarga nos tendões do manguito rotador, principalmente do supraespinhal, o mais acometido”. Já a epicondilite lateral, conhecida popularmente como a tendinite do tenista, é o trauma mais frequente nos cotovelos. “Essa inflamação acontece quando o tendão adere ao osso, na parte lateral do cotovelo, causando inflamação e dor”, afirma.
Condicionamento físico
Assim como qualquer outro esporte, o preparo do corpo é fundamental para evitar lesões. “O fortalecimento da musculatura e a mobilidade das articulações contribuem para uma melhor prática da atividade”, explica David Homsi, fisioterapeuta credenciado Omint. “Sem um preparo adequado e um bom condicionamento físico, o corpo não terá resistência suficiente para os impactos do jogo. Por isso, a necessidade de exercitar e fortalecer as articulações e músculos”.
Aos iniciantes, os especialistas aconselham maior dedicação a aprender os movimentos e a técnica do esporte, para somente depois aumentar a potência do treino. “A prática deve ser gradual e, se possível, acompanhada por uma equipe multidisciplinar, como cardiologista, endocrinologista, nutricionista, ortopedista e educador físico”, recomenda Homsi.