Mercado de beleza de produtos importados já movimentou mais de R$ 1 bilhão de reais no Brasil este ano
Valores em vendas no primeiro semestre de 2022 já superaram números obtidos em 2019
O isolamento social dos últimos anos modificou o comportamento de compra de pessoas no mundo inteiro e afetou diretamente o mercado de beleza. Mas, a indústria de cosméticos apresentou melhora nos resultados, nos canais de vendas de produtos importados, nos primeiros meses de 2022. Segundo levantamento realizado pela empresa de inteligência de mercado, The NPD Group, o segmento já movimentou mais de R$ 1,5 bilhão de reais durante o primeiro semestre de 2022, um resultado melhor até que o alcançado em 2019, registrando um aumento de aproximadamente 40% em relação ao mesmo período daquele ano.
A categoria de maquiagem tinha um grande peso nas vendas em 2019 com quase metade da porcentagem das vendas em valores e mais da metade das vendas em unidades de todo o mercado de beleza. Porém, durante os anos de 2020 e 2021 a receita das vendas caiu. Já em 2022, as vendas demonstram uma recuperação, apresentando pela primeira vez um crescimento em relação ao primeiro semestre de 2019.
Uma categoria que vem acumulando alta desde o início da pandemia é a de fragrâncias. Somente nos seis primeiros meses desse ano, a receita em valores acumula uma alta de dois dígitos, se comparada ao mesmo período de 2021.
A comercialização dos produtos de tratamento também ganhou importância durante a pandemia. Enquanto as pessoas estavam mais em casa em 2020 e 2021, a categoria registrou aumentos nas vendas com relação ao ano de 2019.
Se por um lado o mercado de beleza em geral comemora a recuperação em valores, por outro ainda falta um pequeno aumento em número de unidades de produtos para que o segmento chegue aos mesmos números de 2019, quando foram vendidas cerca de 16 milhões de unidades nos seis primeiros meses do ano. Analisando o aumento da receita de vendas, supostamente, o mercado já estaria ultrapassando o nível de vendas de 2019. Porém, a inflação acumulada nos últimos 12 meses de 2022 (12.1%) é quase o dobro da registrada em 2021 (6.8%), segundo o IPCA, tornando os produtos mais caros.