Quatro cuidados que se deve ter em mente antes de decidir pela reconstrução das mamas no pós-parto

Embora haja a ansiedade em ter o corpo de volta, médico alerta que é preciso respeitar o tempo correto entre o parto e a mastopexia, além da mudança de hábitos

A maior parte das insatisfações das mulheres que se tornam mães está relacionada às mamas (66%), mas as gorduras localizadas na região abdominal não deixam de se destacar entre as queixas das mães (22%). Os dados são do estudo da Evive, clínica especializada em cirurgia plástica e dermatologia, para a criação do Programa Aurora, que levou 8 meses para ser concluído.

Durante a gravidez dois fatores principais contribuem para o efeito “queda” dos seios, denominado de ptose das mamas:  estímulos hormonais e o próprio aleitamento materno.

“As mamas aumentam de tamanho e diminuem após a amamentação sem que haja retração da pele suficiente para seu reposicionamento. Para os desconfortos gerados por esse tipo de alteração, existem procedimentos que buscam trazer o aspecto de firmeza e reposicionar os seios novamente, como as mastopexias com ou sem colocação das próteses de silicone”, explica o médico Laercio Guerra, especializado em cirurgia plástica e cofundador da Evive.

Na mastopexia, é feito o reposicionamento das mamas com a retirada do excedente de pele que possa existir. O procedimento eleva as mamas até a posição original, buscando simetrização e, em alguns casos, há também a necessidade do reposicionamento das aréolas e alteração do tamanho dos mamilos. Quando a mulher deseja aumentar o tamanho dos seios ou ter o colo mais valorizado, é utilizada a prótese de silicone.

Mas, embora a ansiedade em ter o ‘corpo de volta’ após a gravidez seja grande, a mulher precisa estar consciente de que isso não ocorre da noite para o dia. Guerra, enumera 4 cuidados essenciais antes de decidir fazer o procedimento.

1 – Tempo pós-parto

É preciso aguardar um tempo após o parto para planejamento de qualquer procedimento cirúrgico. “A mãe passa por muitas transformações durante a gestação e seu organismo necessita de tempo para se reequilibrar. Cada caso é único e para ter bons resultados é preciso esperar essa readequação do corpo antes de se pensar em cirurgia. Este tempo envolve, em média, seis meses”, diz.

2 – Amamentação 

É preciso observar o tempo de amamentação. Antes da data de

cirurgia, é recomendado a interrupção da amamentação por três a seis meses a depender da cirurgia programada.

3 – Contar com rede de apoio

O cuidado pós-cirúrgico requer ainda que a mãe conte com uma rede de apoio. “A paciente não deve carregar peso, fazer movimentos bruscos com os braços ou certos esforços”, ressalta. Tais restrições devem ser respeitadas por um período entre 15 e 30 dias.

4 – Mudança de hábitos

 Guerra lembra que a avaliação médica é essencial, pois cada paciente terá sua indicação cirúrgica específica e a melhor forma de tratamento. “Nem sempre esses procedimentos isoladamente alcançarão os melhores resultados. Em alguns casos, o resultado desejado será conquistado com a associação de mudanças de hábitos de vida, como a prática de atividades físicas e reeducação alimentar, por exemplo, e é papel do médico passar esse tipo de orientação. Por isso, nos preocupamos em desenvolver uma jornada cuidadosa, que leva em conta até as questões psicológicas. Nosso foco não é apenas realizar a cirurgia, mas sim ajudar as pessoas a resgatarem sua autoestima”, diz.

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