Infectologista alerta sobre a importância da vacinação em adultos
Engana-se quem pensa que a vacinação está presente apenas na rotina de bebês e crianças. No Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde existem as doses indicadas para adultos e grupos específicos como idosos, gestantes, pessoas soropositivas para HIV e imunossuprimidas.
A imunização com vacinas ajuda a prevenir doenças potencialmente graves de forma eficaz e rápida, visto que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos específicos contra o agente. De acordo com a Dr. Celso Granato, infectologista e diretor Clínico do Grupo Fleury, para cada doença para a qual existe uma vacina, há um esquema específico que contempla diferentes doses: algumas são únicas e outras exigem reforço.
“A proteção conferida por vacinas para determinadas enfermidades pode não ser permanente, como é o caso da imunização para tétano e difteria, devido a isso, reforços são essenciais. E mais, caso alguma dose não tenha sido tomada na infância, é importante buscar a atualização na fase adulta, visto que vacinas são essenciais tanto para a proteção individual, quanto coletiva”, alerta o médico.
Como as campanhas de vacinação são geralmente voltadas para crianças e idosos, é comum que as pessoas fora dessas faixas etárias acabem não se atentando ou esqueçam quais imunizantes devem ser tomados ou reforçados. Quanto a isso, vale lembrar que as doses mais importantes para os adultos (a partir dos 20 anos) são: dTpa (tríplice bacteriana), influenza, pneumocócica, herpes- zóster, hepatites A e B, HPV, meningocócicas, febre amarela, além da COVID-19.
O infectologista enfatiza a importância da vacinação contra o herpes-zóster, doença causada pela reativação do vírus varicela zoster, sendo mais comum em pessoas acima de 50 anos, mas que pode ser evitada ou atenuada com a imunização. “Após a recuperação da varicela, o vírus se aloja em gânglios nervosos e fica latente, podendo causar a doença anos depois. O agente pode ser reativado sem nenhum fator evidente, mas geralmente ocorre por queda na imunidade. A complicação mais comum é a nevralgia pós-herpética, que afeta os nervos e a pele, causando uma sensação constante de queimação no corpo. A nova vacina contra herpes-zóster já está disponível no Brasil – somente em clínicas privadas – e pode ser usada em imunossuprimidos, pois não tem vírus vivo, além de ser mais eficaz que a vacina anterior”, informa o Dr. Granato.