Transformação Digital: do campo à medicina, novas oportunidades em um caminho sem volta

Os últimos anos fizeram com que os hábitos mundiais mudassem. Com o isolamento social as necessidades foram alteradas e a demanda por determinados tipos de serviços aumentou. Foi um período que vivemos por videochamadas, consultas online, cruzamento de dados, investimento em inteligência artificial e entregas automatizadas. A tecnologia tomou conta, seja no agronegócio, na medicina, na gastronomia e nas empresas em geral.

Para colher os frutos, as empresas precisarão ter como foco três fatores dentro do planejamento estratégico: Soluções de ESG (Environmental, Social and Governance), transformação digital e gestão em pessoas. Transformação Digital é um dos temas que mais cresceu entre as prioridades dos Conselhos Administrativos, passando do 5º lugar em 2020 para 3º em 2021 e agora figura em 2º. “A transformação digital já estava no radar das empresas, mas com a pandemia se tornou urgente”, ressalta o diretor executivo da JValério Desenvolvimento e Gestão, Clodoaldo Oliveira.

Mas quando se fala em ambiente empresarial, é mais fácil compreender os avanços e investimentos em tecnologia digital. Segundo uma pesquisa realizada no ano passado pela Samba Digital, apenas 1,9% das empresas estão fora deste planejamento de transformação digital.

O modo de agir corporativo baseado nesse novo sistema passa ao largo de centralizar estratégias na consolidação dos lucros e conquistas de novas fatias de mercado. “As empresas precisam levar em conta também que, em 2030, ou seja, daqui 8 anos, 75% dos colaboradores serão da geração Millenials e Geração Z, e para isso, as organizações precisarão se adaptar e se preparar para o mercado”, avalia Clodoaldo.

Além das organizações, o agronegócio vem se transformando. A colheita, o plantio e o planejamento da safra se tornaram digitais. Cada vez mais novas tecnologias são utilizadas para facilitar processos e melhorar resultados. “A transformação digital no agronegócio no Brasil já é realidade”, afirma o CEO da Supercampo, Leandro Carvalho.

A empresa comercializa produtos de forma digital através da plataforma www.supercampo.com desde abril de 2021 e, atualmente, conta com mais de 120 mil produtos disponíveis, mais de 500 lojistas parceiros e cerca de 80 mil associados das 12 cooperativas acionistas. A plataforma está disponível para os cooperados através das lojas digitais e para o público final através do marketplace supercampo.com.

A era dos robôs

Os avanços tecnológicos já vinham impactando os mais diversos negócios nos últimos anos, inclusive na saúde. Com a pandemia, muito se falou sobre otimizar os processos, e soluções digitais podem ainda aliviar a sobrecarga nos hospitais. Mas não para por aí. Além dos avanços de processo, temos as teleconsultas que viraram realidade, a inteligência artificial, machine learning e as cirurgias robóticas, que vêm crescendo exponencialmente.

Exemplo disso é a Medical Way, que representa no Brasil o ROSA® Knee System desenvolvido pela Zimmer Biomet, empresa multinacional americana e líder global em saúde musculoesquelética.

Vale dizer que a Cirurgia Robótica é uma evolução da ciência, que traz instrumentos de grande precisão e variações de movimentos para auxiliar o cirurgião e a recuperação dos pacientes. O ROSA® Knee, possui um sistema intuitivo e planejado para cortes exatos, que ajuda o cirurgião ortopedista em todo o processo. O robô oferece ainda uma ferramenta de validação para o exato “encaixe”, impedindo folgas e garantindo um ajuste perfeito da prótese à anatomia do paciente.

Dados mostram que a primeira cirurgia robótica no país ocorreu em São Paulo no final de 2020. Atualmente, o número total de equipamentos aumentou, são 7 estados brasileiros e 13 hospitais que o ROSA® Knee System está presente. Em Curitiba, são duas unidades operando – um no Hospital Marcelino Champagnat e outro no Hospital Pilar.  Atualmente, são mais de 500 cirurgias realizadas com o robô ROSA® Knee no Brasil. “O número de cirurgiões capacitados e certificados em cirurgia robótica ortopédica cresce rapidamente e esperamos que em breve mais pacientes tenham acesso a essa tecnologia”, pontua o gerente de marketing da Zimmer Biomet, Leonardo Souza.

Ativos industriais

O digital também ajudou a encontrar soluções que antes eram um problema para as empresas que pensavam apenas em modelos de venda tradicionais. A empresa paranaense SYX, que começou vendendo ativos industriais e sucata por ligações telefônicas e e-mail, hoje é uma plataforma tecnológica, com compradores e vendedores cadastrados em todo o Brasil. Esses compradores podem adquirir ativos de alto valor agregado ofertados por indústrias antes inacessíveis para a maioria dos participantes do processo.

No início de 2022, a SYX lançou sua nova plataforma e realiza semanalmente os chamados BIDs, também conhecidos como cotação eletrônica online, para empresas como Klabin, Votorantim Cimentos e CYMI, entre outras. Nos BIDs entram veículos, sucatas, máquinas e ferramentas, por exemplo, de áreas como infraestrutura, florestal, metalmecânica e mineração. “Em 2021, transacionamos R$ 65 milhões e o planejado é dobrar o volume nos próximos quatro anos, chegando a mais de R$ 1 Bi em 2025”, comemora o CEO da SYX, Marcio Léo Danielewicz.

Nos restaurantes

O digital também invadiu nossa rotina e aquela situação corriqueira como chamar o garçom para fazer um pedido, agora pode ser feita na hora que você quiser, apontando o celular para um QR Code disponível na mesa do restaurante. Em meio à pandemia do coronavírus, a empresária Vaneska Berçani inovou. Após 20 anos tocando um modelo de restaurante árabe na capital paranaense, com um famoso rodízio, ela fechou as portas, atravessou a rua e, em um novo imóvel, projetou um restaurante do futuro: o Mezmiz – Cozinha Libanesa Descomplicada. “Nós investimos em tecnologia e a própria pandemia acelerou esse processo de mudança. Além dos pedidos por QR Code, o cliente pode fazer sua reserva de mesa online e até entrar na fila de espera de forma remota mesmo antes de chegar ao restaurante. Isso sem contar o App de pedidos de delivery, com várias facilidades como cashback, programas de fidelidade e mimos para clientes”, conta.

O conceito do Mezmiz, baseado no sistema omnichannel foi criado pensando em integrar as funcionalidades do espaço físico e tecnologia. Oferecendo assim ao cliente, a mesma experiência, tanto na loja física quanto na “online”, possibilitando realizar pedidos por multicanais, encontrar produtos de conveniência na loja “grab and go”, ou ainda desfrutar o espaço para pequenas porções servidas no local.

Gestão de frotas e fazendas

A Link Monitoramento tem 35 unidades espalhadas pelo Brasil e oferece um serviço que vai muito além do rastreamento: é uma gestão completa de frotas, containers e geradores, entre outros. “Somos focados em desenvolver novas tecnologias, otimizando as frotas, trazendo economia para nossos clientes e gerando relatórios diversos que informam localização, tempo de ignição ligada, quilômetros percorridos, consumo médio, velocidade e até mesmo possibilidade de bloqueio do veículo em caso de roubos”, afirma Hugo Ito, CEO da Link Monitoramento.

Há ainda outras soluções como gestão de entregas e coletas e a Link Agro, que leva tecnologia para deixar as fazendas conectadas, integrando estações meteorológicas, sensores de umidade, temperatura, velocidade do vento, níveis de água, gás, energia e I/O (Inputs/Outputs), grãos, gado, controle de acesso e muito mais.

 

 

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