Papai em Dobro: Conheça a rotina do pai solo e influencer Ton Kohler

Quase quatro anos após perder a esposa, Ton Kohler divide conhecimento pelo Brasil e revela a sua rotina como pai solo nas redes sociais

Encarar a dor de uma perda é sempre muito difícil, principalmente quando há duas crianças envolvidas. Há quase quatro anos, quando perdeu a esposa subitamente, o empresário Ton Kohler se viu em um papel que jamais havia imaginado: o de pai solo.

Durante a realização de uma atividade física na academia, a esposa de Ton passou mal e teve um ataque cardíaco, o que a levou da convivência familiar. Foi quando o empresário tomou para si a criação dos filhos e fez disso muito mais do que um case de sucesso, mas um case de vida.

“Estando na posição de marido participativo, para então um pai solo, com uma rotina igual a de muitas mães, passei a vivenciar culpas, a exaustão mental o cansaço, e muitos outros males. Muitas vezes fui julgado por uma tal ‘incapacidade masculina’, e acabei me deparando com posições para uma masculinidade mais saudável”, revela o empresário.

Com o passar do tempo e vivendo na pele as dores e as delícias de dedicar-se 100% aos filhos, Ton criou cursos e workshops para famílias, abordando a carga mental materna e demais fatores que interferem na criação dos filhos não exclusivamente por pais solos, mas também por famílias completas. “Não consegui ficar olhando tudo que estava acontecendo, por isso deixei a vida corporativa para empreender no mundo da educação parental e facilitador familiar”, afirma.

A dupla jornada de pai e mãe

O desafio da criação dos filhos é diário e impacta pais e mães mundo afora. São descobertas e revelações, crescimento e aprendizado diários tanto para os pequenos como para os adultos. Para Ton, que acabou incorporando a jornada de pai e mãe logo após o falecimento da esposa, hoje, após quase quatro anos, ele e as duas crianças, com 5 e 7 anos, se veem mais fortes e preparados pelo que ainda virá pela frente, pois a educação e a formação dos filhos, em qualquer circunstância, é um processo contínuo.

No entanto, atualmente, as crianças já aprenderam a lidar com a ausência materna. “As crianças perguntaram da mãe por muito tempo. Fui sempre muito verdadeiro e claro com o que nos aconteceu, usando palavras diretas e lúdicas. Dessa forma, conseguimos construir uma consciência saudável, na medida do possível, para as questões de morte e de sermos uma família diferente”, conta o publicitário.

Mudança de consciência

Na maioria das famílias, o pai representa aquele que mantém a casa e é responsável pelo sustento. No entanto, esse conceito está sendo desfeito à medida que o pai sai do papel apenas de executor de atividades relacionadas aos cuidados e assume o papel de gerenciador de todas as demandas. “Os bons pais atuam particularmente sob as ordens e na execução das tarefas, e o maior trabalho no lar está relacionado ao esforço mental, organizando mentalmente tudo que precisa ser feito; em detrimento da execução em si, da pré-execução, ou seja, preparação dos itens e materiais necessários para execução e, por último, o gerenciamento e o planejamento de tudo em relação a educação, saúde, higiene dos filhos e os cuidados com o lar”, destaca Kohler.

A economia do cuidado

Um conceito novo, baseado em quantificar e colocar em valor monetário todos os trabalhos executados por cuidadores, mas principalmente para as mulheres que assumem esse papel intrinsecamente pelo fato de serem mulheres, essa é a economia do cuidado. “Geralmente, as tarefas do cuidado são desvalorizadas, invisíveis aos olhos dos outros e principalmente dos homens. Precisamos separar os cuidados das questões de gênero. Na contemporaneidade não é mais natural o fato de nascer mulher significar ser a principal responsável por este trabalho, ou como diziam antigamente: ‘a mãe que pariu, então que se vire’. Há novos modelos de masculinidade e paternidade surgindo, melhorando essa relação, mas ainda há muito para evoluir e transformar esse trabalho, que é muito invalidado por todos, homens e mulheres, pois nem as próprias mulheres valorizam esse trabalho”, esclarece.

Reconhecer o trabalho não remunerado como contribuição econômica fundamental e colocar o cuidado no centro do debate, enquanto direito fundamental universal,  tornou-se um elemento crucial do novo modelo de desenvolvimento sustentável.

Para ajudar a todos os tipos de composição familiar, Ton Kohler divide diariamente a sua experiência de pai solo em seu perfil no Instagram e também em seu canal no YouTube. Nas plataformas, os usuários acompanham a rotina e os desafios do Papai em Dobro, que também compartilha conceitos importantes como a economia do cuidado, a sobrecarga materna, entre outros.

Os cursos e palestra oferecidas pelo Papai em Dobro podem ser acessados e contratados diretamente pelo site: https://papaiemdobro.com.br. O canal do Papai em Dobro no YouTube pode ser acessado pelo seguinte endereço: https://www.youtube.com/PapaiemDobro2018 e o Instagram https://www.instagram.com/papaiemdobro/

 

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