Os termômetros baixaram? Chegou a hora de tratar o Melasma
Especialista explica os motivos que as estações mais frias são propícias para o tratamento de manchas escuras na pele
Quem possui melasma sabe o quanto é difícil manter a saúde da pele no verão, principalmente com a exposição solar diária. Durante o outono, com a queda das temperaturas é o momento ideal para iniciar o tratamento dessas manchas escuras que tanto incomodam.
O Melasma é uma hiperpigmentação da pele que possui origem genética e atinge pessoas entre 20 a 50 anos, na maioria dos casos mulheres, porém pode acometer homens também. Esta condição pode ser ocasionada em quem possui uma predisposição hereditária por meio de inflamações causadas por calor excessivo, alta exposição ao sol, desequilíbrio hormonal, excesso de estresse e problemas hepáticos.
Segundo a estecista dermaticista Patrícia Elias, o Melasma é uma condição da pele que não tem cura, mas exige cuidados ao longo do tempo para controlar a intensidade. “Os tratamentos consistem em uma rotina de cuidados físicos e mentais, como beber bastante água, manter uma alimentação saudável, ter boas noites de sono e praticar atividades físicas para evitar o estresse. Além dos cuidados diários, o ideal é se consultar com um especialista para receber o diagnóstico certo e unir os tratamentos em clínica com a utilização de produtos que ajudam a amenizar as manchas, como clareadores, filtros solares, suplementos e uma rotina de skincare”, explica.
A especialista ressalta que é muito comum confundir o Melasma com o Cloasma. No entanto, o Cloasma consiste no surgimento de manchas escuras na pele durante a gestação e pode ser revertido, enquanto o Melasma é um problema crônico e pode surgir a qualquer momento.
Durante o outono e inverno, os tratamentos para essas manchas são mais fáceis de serem realizados, pois a pele não entra em contato com os raios solares como geralmente acontece nas estações mais quentes. “Durante esse período nossa pele não fica exposta ao calor, fator desencadeante do Melasma. Os ativos usados no tratamento das manchas acabam sendo mais fortes e sem riscos de enfrentar os efeitos do sol”, explica dermaticista. “Mesmo com as baixas temperaturas, é necessário continuar lavando o rosto com água fria, pois a água quente resseca a pele”, acrescenta.
Quando o Melasma ainda está em fase inicial, os melhores procedimentos são as técnicas que controlam a inflamação da pele como laser de baixa potência, led terapia, Ilib terapia, microcorrentes, peeling químico mais suave como tranexâmico, mandélico, retinol, vitamina C, argila branca, ativos calmantes e oxidantes.
Já quando está avançado pode-se utilizar técnicas mais despigmentantes como laser, luz pulsada, microagulhamento, ozônioterapia, aplicação do ácido tranexâmico no local do Melasma e peeling químico um pouco mais intenso. “Antes de iniciar qualquer tipo de tratamento é necessário saber a profundidade da mancha, se é epidérmica ou dérmica e elaborar um tratamento único, pois cada organismo reage de uma forma diferente. O tratamento tem que ser exclusivo e bem criterioso”, finaliza.