Primeiro estudo sobre a infidelidade no Brasil revela que 8 em cada 10 brasileiros foram infiéis

9 em cada 10 brasileiros consideram que as mulheres são mais julgadas socialmente ao cometer uma infidelidade do que os homens

Para compreender a percepção e o ambiente do relacionamento pessoal, romântico e sexual dos brasileiros, o Gleeden, aplicativo de encontros discretos não monogâmicos pensado por e para mulheres, promoveu o primeiro estudo sobre a infidelidade no Brasil. A investigação abordou junto aos entrevistados temas como infidelidade, diferença entre gêneros e infidelidade digital, e descobriu que 8 em cada 10 brasileiros foram infiéis e 7 em cada 10 brasileiros consideram que é possível amar e ser infiel.

Segundo o estudo do Gleeden, 62% dos brasileiros consideram a infidelidade algo natural até certo ponto. O motivo mais comum pelo qual os brasileiros cometem infidelidade é por motivos sexuais (problemas, desejo, curiosidade sexual) que representam 50% das causas. A interação física é a que se considera infidelidade com maior frequência. Porém, 10% dos entrevistados não consideram como traição no caso de contratação de serviços de prostituição e 6% não se sentiriam traídos por seu parceiro (a) beijar outra pessoa.

Diferente de outros estudos promovidos pelo Gleeden na América Latina, o Carnaval, festa típica brasileira, aparece como um impulsionador da infidelidade. De acordo com a investigação, 7 em cada 10 brasileiros consideram que as pessoas são mais infiéis durante o carnaval. Além disso, 5 em cada 10 brasileiros entrevistados consideram que os carnavais promovem a infidelidade.

Outros dados importantes do estudo do Gleeden revelam que o brasileiro é compreensivo no momento de perdoar um parceiro infiel. 6 em cada 10 entrevistados estariam dispostos a não terminar a relação por conta de uma traição. Entre os principais motivos para tal compreensão estão: a falta de desejo sexual, a falta de um acordo monogâmico prévio, ter um casamento por conveniência, diminuição do desempenho sexual do casal, a curiosidade sexual, entre outros.

Infidelidade digital

A infidelidade digital ganha cada vez mais espaço para debate entre os brasileiro. Segundo o estudo, o consumo de imagens íntimas é considerado infidelidade dependendo da fonte dos arquivos: se as imagens são enviadas diretamente são consideradas infidelidade por 95% dos entrevistados, se as imagens são de fonte pública/pornografia são consideradas infidelidade em apenas 19%. Pode-se concluir que a possibilidade da infidelidade digital se transformar em infidelidade física é o que a torna mais ou menos relevante.

Diferença entre gêneros

Quando o assunto é diferença entre gêneros, o comportamento masculino em relação a infidelidade se destaca. Segundo os entrevistados, os homens são mais infiéis, sendo que apenas 2% consideram que são as mulheres. Segundo o estudo, 8 em cada 10 brasileiros foram infiéis. Dos entrevistados do sexo masculino 91% afirmaram já terem traído e, entre as mulheres, 88% revelaram terem sido infiéis.

Porém, as mulheres são mais reprovadas em caso de traição e a sexualidade, o que comprova a existência de um tabu de acordo com o gênero. 9 em cada 10 brasileiros consideram que as mulheres são mais julgadas socialmente ao cometer uma infidelidade do que os homens e 99% dos entrevistados consideram que são os homens que têm mais segurança e liberdade sexual.

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