Tirando as máscaras, como está o seu sorriso para ser apresentado em público?
Há dois anos os cuidados para evitar a transmissão do coronavírus se tornaram o principal foco no mundo. E justamente desde o início da pandemia, os procedimentos odontológicos passaram a ser considerados uma atividade de risco, uma vez que os profissionais têm contato direto com um dos principais meios para a contaminação por Covid-19: a via respiratória.
Por isso, as consultas eletivas foram suspensas e a atividade chegou a ser restrita somente a casos de urgência e emergência. Depois, os atendimentos voltaram a ser liberados, seguindo todos os protocolos de segurança, como aferição de temperatura na entrada do consultório, uso de EPIs pelos profissionais, espaçamento entre os agendamentos e descontaminação periódica do ambiente.
Mesmo assim, houve uma queda na procura por atendimento odontológico neste período e, consequentemente, um aumento no número de problemas bucais na população. A falta de acompanhamento somada a outras interferências causadas por modificações na rotina, como mudança de hábitos alimentares e alterações psicossociais, trouxe consequências.
Hoje, com a maior parte da população vacinada, a procura pelo atendimento odontológico está sendo retomada, mas sabemos que muitos problemas poderiam ser evitados ou não agravados se tivessem sido identificados ou tratados precocemente. E justamente agora que a vida começa a voltar ao normal que perguntas simples aparecem. Entre elas, como está seu sorriso agora que as máscaras não são mais obrigatórias? Para responder tecnicamente essas perguntas, convidamos os profissionais da Ki Clínica Conceito Odontologia e Estética, Dr. Cristian Higashi e Dra. Rafaelly Cubas Camargo.
De acordo com a experiência dos profissionais da Ki Odontologia, o maior impacto na saúde bucal em decorrência da pandemia foi o crescimento da incidência de cáries e doenças gengivais. Isso é explicado principalmente pelas mudanças nos hábitos alimentares – com um maior consumo de doces, refrigerantes, lanches e carboidratos em geral – e nos hábitos de higiene bucal. Além disso, casos de disfunções nas articulações temporomandibulares e bruxismo aumentaram consideravelmente. Essas condições, agravadas por estresse e ansiedade, podem causar dor e/ou estalos na abertura e fechamento da boca, restrição de abertura ou dificuldade de fechar a boca, travamento fechado ou aberto da boca, dor muscular no rosto, podendo estar associada a dor de ouvido ou zumbido nos ouvidos, retração gengival e até mesmo fratura dentária ou de restaurações.
O cuidado com o sorriso, além de demonstrar zelo com a aparência e boa higiene pessoal, também causa simpatia nas pessoas que o recebem. Um simples sorriso tem o poder da autoconfiança e é um gesto contagiante: quando sorrimos para alguém, automaticamente provocamos um sorriso em troca. Mas calma, se você é uma dessas pessoas que está na lista dos atrasados na revisão odontológica, procure o seu dentista, afinal, nesse período sem as máscaras, os sorrisos estarão novamente em alta!