Técnicas conhecidas podem ajudar no aprendizado, melhorar as relações e minimizar a ansiedade

Lucas Briquez, diretor de escola que tem como pilar o autoconhecimento, discorre sobre o uso da meditação em sala de aula.

Muito maior que as diferenças, as semelhanças entre as escolas causam a percepção de que existe um formato pré concebido, ou seja, que a aprendizagem acontece somente daquela forma com lousas, lições de casa, provas e etc.

Porém, cada vez mais, evidencia-se a importância de obter variações metodológicas e atividades que possam auxiliar no desenvolvimento de novas habilidades, como por exemplo a habilidade de gerir as próprias emoções. Essas habilidades têm sido valorizadas no mercado de trabalho e algumas escolas já praticam formas de ensino que nos remetem às empresas mais modernas do mundo.

Uma prática milenar mas que tem se tornado popular no mundo corporativo e que oferece diversos benefícios cognitivos e emocionais é a meditação, ou, mindfulness, que vem se popularizando fora do ambiente escolar com benefícios comprovados pela ciência como a redução das emoções aflitivas e aumento das positivas, melhora do bem-estar e redução de pensamentos autodepreciativos.

De acordo com Lucas Briquez, diretor administrativo e professor da escola Teia Multicultural, a meditação é uma forma de estimular também o foco atencional. ” Pense na meditação como um exercício físico que deve ser praticado regularmente e considere que para as crianças deve ser lúdico, leve, e durar pouco tempo, mas que mesmo dessa forma produz resultados rapidamente perceptíveis”, pontua o educador.

Estudos apontam ainda que crianças que meditam demonstram uma maior capacidade em compreender as próprias emoções e de terceiros, além de conseguirem permanecer maior tempo focadas em determinada tarefa e apresentam também uma menor probabilidade de tomarem atitudes violentas. “As relações se tornam mais harmoniosas e os sentimentos passam a ser percebidos com um certo distanciamento, o que pode impedir algum ato impulsivo que, mais tarde, leva a própria criança ao arrependimento”, afirma Briquez.

O educador defende que é importante para todas as faixas etárias estabelecer uma espécie de equilíbrio entre a emoção e a razão. “Meditar é uma prática que ajuda a controlar a ansiedade, problema que hoje não é mais exclusivo dos adultos, ainda mais aqui no Brasil, que foi considerado pela OMS o país mais ansioso do mundo.”

Entre as técnicas mais simples que podem ser utilizadas na meditação, Lucas Briquez, recomenda o foco na respiração, isto é, voltar a atenção para o inspirar e expirar. “Podemos colocar pedrinhas na barriga e convidar os alunos a observarem elas subirem e descerem, ou então, brincar com objetos que se movam com a respiração como bolhas de sabão, aqui na Teia temos a prática do um minuto de silêncio, praticado minimamente duas vezes ao dia, é uma maneira simples de começar”, sugere.

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