“Esse dado reflete o espaço que as mulheres estão conquistando no mercado de modo gradativo, pois os números já foram mais baixos”, comenta Lina Nakata, professora da FIA Business School e uma das responsáveis pelo desenvolvimento da FIA Employee Experience.
Entre os destaques da análise de 2021, vale observar que 33% das organizações LIPT – Lugares Incríveis Para Trabalhar – adotaram práticas para o atendimento, atração e retenção de mulheres. A pesquisa mostra que essa porcentagem de empresas possui um programa formal e estruturado para debater e empreender ações de melhoria da qualidade de vida das mulheres no trabalho.
As ações consistem em:
– Empresas apostam em ações para equidade de gênero e com isso criaram um comitê executivo que acompanha e desenha ações estratégicas para a ascensão de mulheres.
– Iniciativas de empoderamento com a realização de webinars e rodas de conversa sobre maternidade, carreira e home office, equidade de gênero, violência doméstica, etc. As ações foram promovidas por palestrantes terceiros atuantes;
– Comitê da Diversidade que tem sido atuante em diversas frentes, principalmente no que tange à equidade de gênero;
– Licença maternidade de 180 dias e programa de home office que incentiva as mulheres mães, que retornam de licença maternidade, trabalharem 20 horas semanais em home office durante os primeiros 90 dias de retorno da licença, possibilitando assim maior flexibilidade de horário e adaptação no retorno às atividades e ambiente corporativo, bem como adaptação na nova rotina familiar;
– Anualmente são programadas atividades, como: palestras, massagem, oficina de dança e yoga, conscientização quanto a realização de exames, além de promover ações específicas em datas comemorativas voltadas para o público feminino.
“Durante nossa pesquisa nos deparamos com empresas que colocam como meta o crescimento da liderança feminina nos cargos estratégicos. Algumas empresas esperavam chegar a 30% de mulheres em cargos C-level até o final de 2021, considerando que elas são 23% na média das empresas premiadas”, comenta Nakata.
“Ao observar os grupos das empresas que são considerados lugares incríveis para trabalhar, percebe-se que todas as práticas específicas foram mais frequentes, de forma geral, principalmente quando falamos de programas para a qualidade de vida das mulheres (+32%)” explica a estudiosa. “O monitoramento de diferenças salariais (e isso não implica os ajustes salariais, mas somente o acompanhamento) é a prática mais frequente (em 39% das empresas premiadas), mas a única que não teve um crescimento na sua implementação” finaliza.
Confiança maior entre líderes mulheres
As lideranças femininas, enquanto CEOs, são consideradas mais inovadoras, eficientes na gestão e transmitem mais segurança para os colaboradores. Já os CEOs homens foram avaliados como mais orientados para resultados e valorizam os processos internos.
Na FEEx 2021, 78% dos colaboradores entrevistados afirmaram confiar totalmente em sua CEO (em 2020, esse número foi de 76%). Já em relação aos CEOs homens, o nível de confiança foi de 69% (-7% em relação ao ano passado).
Para 54% dos colaboradores entrevistados em 2021, por exemplo, as CEOs têm uma gestão excelente (ou muito boa, para 32% dos funcionários). Os CEOs, por sua vez, foram considerados excelentes por 42% dos entrevistados, o que indica uma diferença expressiva de 12% em relação às mulheres.
Inscrições para 2022
As inscrições para a edição 2022 da Pesquisa FIA Employee Experience (FEEx) estão abertas. Para participar, a empresa interessada deve ter no mínimo 50 funcionários e preencher o formulário no link https://feex.fia.com.br/inscricao até 31 de maio. No final do processo, as participantes terão acesso ao mapeamento do clima organizacional gratuito e concorrem ao “Prêmio Lugares Incríveis para Trabalhar”, cujo resultado sai em agosto no UOL.
