O Perdão

por Nilda Dalcól

Até hoje não consegui entender o porquê de que, quando somos crianças, nos ensinam que só Deus perdoa … mas assim que alguém nos fere profundamente, nos pedem que o perdoemos. Isto quando não sugerem “” darmos a outra face “” … aha … sei …

O que é mais esquisito é que “” temos “” que perdoar para nos sentirmos melhores, mais leves, mais tranquilos … É mesmo ???

E quem nos ofendeu ficará por aquilo mesmo ?

Embora a pessoa não tenha demonstrado a menor vontade de pedir perdão, temos que perdoá-la ? De verdade ?

E ficamos entre a cruz e a espada.

Na cruz, por acreditarmos que se perdoarmos “” a quem nos tem ofendido “”, seremos recompensados com o Paraíso e a eternidade nos será branda, com anjos e harpas nos brindando com os seus hinos e cânticos divinos.

E a espada é quando (acho) resta dúvida sobre perdoar. A pessoa merece ? O que fizemos para merecer algo que entendemos injusto e que deveras nos machucou ?

Às vezes nada !!!

Mas, segundo entendidos, a melhor forma de vivermos em paz é perdoando, esquecendo e continuando com a vida … então tá !!!

Parto de outro princípio.

Não precisa aplicar a Lei de Talião, mas podemos simplesmente ignorar tal ser vivente, até porque, se nos ofendeu, não merece a nossa consideração, muito menos, a nossa amizade.

O nosso livre arbítrio nos mostrará a atitude a ser tomada. Isto vai de pessoa para pessoa e que a decisão lhe traga serenidade para entender e, se for o caso, PERDOAR…

Texto baseado na música Regra Três, de Vinicius de Moraes … ouçam …

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