Desigualdade de gênero também existe na infidelidade

Aplicativo Gleeden tem como objetivo quebrar esse tabu

As demandas feministas em relação aos direitos, igualdade e empoderamento avançaram muito ao longo dos anos e, mais precisamente, nos últimos meses. Movimentos sociais tiveram visibilidade nas redes sociais e estão se tornando mais massivos em todo o mundo. Mas as mulheres ainda enfrentam estigmas e tabus. Um deles é o da infidelidade feminina.

Um estudo do Observatório Europeu da Infidelidade (Ifop) à pedido do Gleeden, plataforma de encontros extraconjugais líder mundial feita por e para mulheres, revelou que ainda há um longo caminho a percorrer para desestigmatizar o fenômeno da infidelidade feminina e equipará-lo ao masculino.

Conforme a pesquisa, as mulheres são julgadas de forma diferente dos homens infiéis, o que é afirmado por 77% dos entrevistados. Além disso, o tabu da infidelidade feminina é tão internalizado que as próprias mulheres infiéis o escondem até de seus amigos mais próximos. No total, 41% delas disse que nunca contaria, nem mesmo para sua melhor amiga, a respeito de um caso extraconjugal.

“Ainda que estejamos mais avançados em termos de sororidade, a infidelidade feminina parece mais grave para elas do que a masculina, já que 30% das mulheres ainda pensa assim”, comenta Silvia Rubies, diretora de comunicação e marketing do Gleeden na Espanha e na América Latina.

Falar sobre a infidelidade feminina é ainda mais difícil do que falar sobre problemas financeiros (apenas 34%), demissão (20%) ou depressão (35%), ou mesmo câncer (31%). Porém, de acordo com os resultados do estudo, as tendências sociopolíticas são um fator de abertura: até 68% das mulheres que se consideram de esquerda compartilhariam uma infidelidade com seu melhor amigo ou melhor amiga.

Para expor essas diferenças e trazer um espaço para reflexão, o Gleeden produziu um manifesto contra a desigualdade de gênero em matéria de infidelidade para incentivar o empoderamento sexual feminino.

“Com essa ação, contribui para quebrar mais um paradigma e para igualar a moral feminina com a masculina. Não pode ser que, no século XXI, o homem infiel seja considerado um tipo invejado enquanto que as mulheres continuem a ser pouco menos que ninguém”, finaliza Silvia.

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