Empreendimentos verdes: mais que tendência, uma necessidade

Conheça as vantagens para condomínios e construtoras que investem em infraestrutura de carregamento para veículos elétricos

Por volta de 80% da energia global é consumida pelos aglomerados urbanos e os edifícios representam aproximadamente 40% deste consumo.  A boa notícia é que o Brasil já é o 5º no ranking mundial de construções sustentáveis, e um reforço nessa tendência veio com uma lei municipal de março de 2021 (n° 17.336), que obriga os novos edifícios residenciais e comerciais da cidade de São Paulo a prever soluções para recarga de veículos elétricos em suas plantas. A lei traz uma série de benefícios para os empreendimentos, afirma Raphael Pintão, sócio-diretor da NeoCharge, empresa pioneira em infraestrutura para veículos elétricos e líder no mercado em venda de carregadores de carros elétricos.

Nos últimos anos, as soluções baseadas na preservação da natureza – essência do investimento sustentável – têm ampliado a demanda por condomínios adaptados para carregamento de carros elétricos. Para além da obrigatoriedade da nova lei municipal de São Paulo, Raphael Pintão ressalta os benefícios que contar com um carregador traz para os empreendimentos: visibilidade, ganho em marca e alinhamento com as necessidades globais de sustentabilidade por causa de questões climáticas.  Há vários itens que tornam os empreendimentos “verdes”.

A NeoCharge desenvolve projetos específicos para cada demanda, incluindo empreendimentos comerciais e residenciais (https://www.neocharge.com.br/empresa/carregador-carro-eletrico).  “Para atender aos diferentes clientes e necessidades, criamos soluções específicas para mobilidade elétrica e infraestrutura, incluindo equipamentos e serviços relacionados à recarga dos veículos elétricos”, diz o representante da NeoCharge.

A tendência é que quem economiza recursos naturais também gaste menos dinheiro. A lei municipal de São Paulo estabelece que o modo de recarga de carros elétricos nos condomínios deva seguir as normas técnicas brasileiras, e determina que a medição e a cobrança da energia consumida sejam individualizadas.

Tudo isso ganha uma dimensão maior na medida em que o mercado de veículos elétricos no país vem apresentando crescimento acelerado desde 2015na comparação com a evolução anual de veículos convencionais no Brasil. Apenas no país, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o setor teve desempenho recorde com aumento de 29,4% nas vendas entre janeiro e abril de 2021.

O recorde de vendas do segmento de carros elétricos se reflete nos demais setores, como o mercado de energia e setor imobiliário. A adesão à energia solar tem aumentado intensamente e está se tornando um meio bastante eficaz para empreendimentos imobiliários reduzirem custos de consumo e avançarem em sustentabilidade.

Raphael Pintão ressalta que a frota mundial de veículos elétricos será de 145 milhões automóveis até 2030, segundo previsões da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

 

Sustentabilidade promove economia de gastos

A extração e o consumo de energia sem preocupação com a sustentabilidade têm sérias implicações em diversas áreas, desde os orçamentos domésticos até as relações internacionais. Com base nos desafios atuais energéticos, estudos têm mostrado que edifícios eficientes e a ocupação apropriada do solo oferecem oportunidades para economizar dinheiro e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

O cenário atual de recursos energéticos é intensamente influenciado por petróleo, carvão e gás natural. Além de emitir gases de efeito estufa, esses recursos não são renováveis, pois suas quantidades são limitadas ou não podem ser repostas tão rapidamente quanto são consumidas. A parcela restante desses recursos varia, e a dependência que vivemos de fontes de energia não renováveis não é sustentável, uma vez que envolve processos de extração que prejudicam o meio ambiente.

A sustentabilidade não diz respeito somente à preservação da natureza e qualidade de vida, mas também na melhor utilização de recursos. Empreendimentos sustentáveis, também chamados de empreendimentos verdes, apostam na eficiência e minimizam o desperdício.

Manter em equilíbrio essa balança é um componente importante de qualquer projeto sustentável. Para medir o nível de sustentabilidade das construções a nível mundial, a organização Green Building Council, com sede nos Estados Unidos, criou o selo LEED (sigla para Leadership in Energy and Environmental Design), que certifica os prédios e residências que atendem a requisitos de boas práticas nas categorias eficiência energética, uso racional da água, materiais e recursos e inovações e tecnologias.

Ao realizar uma avaliação, a instituição pontua o projeto de 40 até 110 pontos. A depender da nota atingida, o projeto recebe o selo LEED de ouro, prata ou de platina. Conforme a unidade brasileira do Green Building Council, o Brasil já é o 5º colocado no ranking mundial de construções sustentáveis, atrás dos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Canadá e China.

O valor atual para construções de um empreendimento sustentável certificado está entre 2% a 7% maior que o custo de um empreendimento convencional. Em contrapartida, os custos operacionais são em torno de 6% a 9% menores: os valores gastos com água são reduzidos de 30% a 50%; com a energia, de 25% a 30%; e, com a gestão de resíduos, de 50% a 70%, o que compensa esse investimento inicial maior. Em uma construção sustentável, esse retorno acontece entre 3 e 5 anos.

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