Agosto Dourado: Mês de incentivo ao aleitamento materno
Estamos entrando no “Agosto Dourado”, mês dedicado a intensificar ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Em 2021, o tema escolhido é “Proteja a Amamentação – uma Responsabilidade Compartilhada”. O objetivo é destacar os vínculos entre a amamentação e sobrevivência, saúde e bem-estar das mulheres, crianças e nações.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orienta que, mesmo na pandemia do novo coronavírus, as mães não devem interromper a amamentação. Basta que sigam os protocolos de higiene, usem máscara e lavem com frequência as mãos. E o mais importante: conversem com o pediatra do seu bebê.
Benefícios comprovados
O “Agosto Dourado” foi instituído em 1990, em evento promovido pela Organização Mundial da Saúde e pela Unicef. E tem sido uma forma de comunicação eficiente, mas o êxito destas ações ainda estão insuficientes, advertem pediatras.
O aleitamento materno exclusivo no primeiro semestre tem benefícios comprovados para a saúde, para o desenvolvimento e manutenção da vida. Crianças amamentadas pelo leite materno são mais saudáveis na infância e têm menos riscos de desenvolver doenças crônicas quando adultas. Infelizmente, alertam, as taxas ainda são baixas.
Estudos do Ministério da Saúde apontam que, atualmente, os números giram em torno de 53% após os seis meses de vida do bebê. Nesta faixa etária, recomenda-se que o aleitamento materno seja mantido associado ao cardápio complementar saudável, sem açúcares ou sucos. Deve-se, da mesma forma, evitar o uso do sal.
Alimento mais adequado
Dados da Sociedade Paranaense de Pediatria comprovam que o leite materno é o nutriente mais completo e adequado para os bebês. Que exerce papel fundamental no desenvolvimento saudável da criança. A amamentação, de acordo com a entidade, tem muitos outros benefícios, tais como transferir a imunidade materna, evitando várias doenças.
Prematuros alimentados com o leite materno apresentam efeito positivo para preservar a função cardíaca; têm menos riscos de desenvolver uma doença de pele denominada dermatite atópica; desnutrição; obesidade infantil; doenças inflamatórias intestinais; problemas neurológicos e nos rins. O leite materno propicia, ainda, um melhor desenvolvimento fonoaudiológico, de respiração, audição, deglutição e metabólico.
A amamentação pelo leite materno deve ter início logo após o nascimento do bebê, de preferência na primeira hora de vida. A sucção da criança faz a mãe produzir e liberar um hormônio denominado de ocitocina, que ajuda na contração do útero, fazendo com que a mãe perca menos sangue após o parto. É importante também no vínculo afetivo materno com o recém-nascido.