Uso de ambulâncias aéreas para suporte médico internacional aumenta em 25%
Como prestadora de assistência médica de emergência, o Grupo Allianz Partners teve que repensar todas as suas operações médicas para superar os desafios da Covid-19 e continuar oferecendo suporte aos clientes em circunstâncias excepcionais. Tais desafios incluem o cancelamento de voos comerciais, aumento nos regulamentos e restrições de viagens, serviços de saúde locais sobrecarregados e a exigência de quarentena por equipes médicas.
Diante deste cenário desafiador, o Grupo Allianz Partners contou com equipe formada por mais de mil profissionais da saúde, como médicos de emergência altamente qualificados, enfermeiros e coordenadores médicos em todo o mundo, que trabalharam ininterruptamente para garantir que clientes e pacientes fossem tratados nas melhores condições, fornecendo suporte físico e mental, especialmente durante os períodos estressantes da quarentena. Ao longo de 2020, foram mais de 350.000 casos de assistência médica administrados. Somente no Brasil esse número é de 3,7 mil assistências relacionadas a causas médicas.
Case brasileiro
Uma pandemia é especialmente perturbadora, ainda mais quando os clientes estão longe de casa; este foi o caso de uma segurada de 57 anos, moradora de Belo Horizonte, que já havia feito tratamento por um câncer pulmonar e quatro dias antes da pandemia ser decretada pela OMS foi para Toulouse, na França, para um congresso.
“Poucos dias depois, começou a sentir falta de ar e o quadro de saúde foi se agravando, o que a levou para um pronto-socorro, onde foi constatado o comprometimento total do pulmão esquerdo e um tumor no pulmão direito. Foi preciso ser colocado um dreno no pulmão esquerdo, que melhorou um pouco o quadro, o qual foi retirado cinco dias depois”, conta o Dr. José.Sallovitz, gerente da equipe médica da Allianz Partners Brasil
O correspondente na França foi contatado e com uma vasta experiência em fazer repatriações, mesmo de paciente em quadros graves, garantiu que conseguiriam trazer a paciente em um avião comercial da Air France. Entretanto uma repatriação é cheia de detalhes pois havia muitos trechos a serem realizados:
Hospital de Toulouse, Aeroporto de Toulouse, Aeroporto pequeno de Paris, Aeroporto Charles Degaulle, Aeroporto de São Paulo ou Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Hospital em Belo Horizonte.
Em tempos normais não haveria grandes problemas. Porém, naquele momento, os voos entre França e Brasil eram poucos e o correspondente estava tendo dificuldades para encontrar profissionais que se propusessem a realizar acompanhamentos médicos. “Estudamos todas as formas de trazer a segurada e o encontramos um médico para trazê-la. Porém, a prefeitura de Toulouse determinou que todas as ambulâncias da cidade ficassem disponíveis para casos de Covid e no dia marcado o transporte não foi feito por falta de ambulância para levar a paciente do hospital ao aeroporto”, afirma Sallovitz.
Com os rumores de fechamento iminente de fronteiras, a equipe da Allianz Partners Brasil entrou em contato com o diretor médico do correspondente da França e após grande esforço em conjunto, uma semana depois, uma ambulância levou a segurada até o aeroporto de Toulouse. De lá, foi para Paris em ambulância aérea e tomou o último voo com destino ao Brasil. Uma ambulância aérea levou a segurada para Belo Horizonte e por fim a um hospital da cidade em segurança. “Este case mostra que o trabalho em equipe é fundamental e, além disso, como o serviço de assistência é muito mais complexo do que se pagar uma consulta médica”, explica o gerente.
Adaptação de recursos para transporte médico
Como um paciente diagnosticado com coronavírus necessita de isolamento muito específico e rigoroso, a política do Grupo Allianz Partners tem se concentrado em identificar o tratamento adaptado localmente, até que o paciente não ofereça mais risco de contaminação. A repatriação de um paciente infectado com Covid-19 é considerada apenas quando as instalações médicas locais não podem garantir um nível adequado de atendimento.
Todos os anos, o Grupo organiza mais de 17.000 repatriações médicas em todo o mundo, das quais mais de dois terços são realizadas por companhias aéreas comerciais. No contexto, todos os tratamentos urgentes para os clientes foram organizados nas melhores instalações locais, graças à rede da Allianz Partners com mais de 900 mil provedores médicos globais. Os pacientes puderam voltar para casa como passageiros normais após o tratamento e como resultado, o transporte com escolta médica em voos comerciais diminuiu substancialmente em 2020.
No caso de transferência de emergência, o transporte por ambulância aérea é a única resposta adaptada para os pacientes com o novo coronavírus e se tornou parte integrante da manutenção dos serviços de assistência em viagens. No geral, de março a agosto de 2020, o uso de transportes de ambulância aérea pelo Grupo Allianz Partners aumentou 25% em comparação com o mesmo período de 2019.
“Haverá desafios e complexidade adicionais a serem superados enquanto as viagens globais começam a se recuperar; as operações médicas continuarão a evoluir, incluindo mais atendimento virtual na jornada de viagem para trazer tranquilidade aos nossos clientes. Podemos imaginar que as doenças infecciosas continuarão a ser uma preocupação crescente no futuro, portanto, viajar deve ser seguro para os cidadãos, e para os países de destino”, afirma a Diretora Médica do Grupo Allianz Partners, Anne Lepetit.