Sarampo: baixa cobertura vacinal faz doença retornar ao Brasil

Além do coronavírus, outras doenças causam preocupação. Em 2020, o Brasil registrou casos de sarampo em 21 unidades federadas. A princípio, a baixa cobertura vacinal é apontada como principal causa para a doença ter retornado ao país. A meta de vacinação contra o sarampo é de 95% no Brasil, contudo, desde 2016 ela não é atingida e vem caindo ano após ano. Em 2020, a cobertura chegou a apenas 70% na primeira dose e 55% na segunda dose.

O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, transmissível e extremamente contagiosa. É grave, principalmente, em crianças menores de cinco anos de idade, pessoas desnutridas e imunodeprimidas.

Os sintomas apresentados são: febre alta, tosse persistente, irritação ocular, corrimento do nariz e aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. Outros sintomas que podem ocorrer são: infecção nos ouvidos, pneumonia, ataques (convulsões e olhar fixo), lesão cerebral e morte.

Além do diagnóstico clínico realizado por um profissional de saúde, já existe a possibilidade de realizar o teste molecular para identificação do sarampo. A Mobius Life Science lançou o kit XGEN Sarampo, que realiza a identificação quantitativa do vírus do sarampo, por meio de amostras de soro e urina pela metodologia de PCR em tempo real. Este tipo de exame é conhecido por sua alta precisão e rapidez no resultado.

“O sarampo é uma doença grave, com risco de complicações e morte, sendo a doença com maior transmissibilidade conhecida. Sobretudo, uma pessoa em ambiente fechado pode transmitir para todos os presentes não imunes. Além disso, menores de 6 meses, pessoas com problemas de imunidade, grávidas e pacientes com câncer não podem tomar a vacina, e se tiverem contato com alguém doente podem morrer ou ter sequelas”, alerta o pediatra Márcio Nehab da IFF/Fiocruz.

A transmissão ocorre diretamente geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se contaminar através da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, que podem perdurar por tempo relativamente longo no ambiente, especialmente em locais fechados como escolas e clínicas.

A doença é transmitida na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas.

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