Vacinas evitam doenças graves e milhões de mortes todos os anos
Desde o começo da pandemia do coronavírus, muito se fala dos desafios de manter a população imunizada, mas nos últimos anos, a cobertura vacinal para algumas doenças tem ficado abaixo da expectativa. Por isso, no mês em que se comemora, o Dia da Imunização, o maior hospital exclusivamente pediátrico do país, o Pequeno Príncipe, alerta sobre a necessidade de crianças e adultos manterem a vacinação em dia. “Apesar da pandemia, é preciso manter as outras vacinas em dia, pois quando a adesão cai estamos sujeitos à ocorrência de surtos por outras doenças infectocontagiosas e imunopreveníveis, que podem trazer muitas complicações, tanto em adultos quanto em crianças”, explica a coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Giamberardino.
Dados da Sociedade Brasileira de Imunização mostram que, até outubro de 2020, vacinas oferecidas para crianças com até 1 ano de idade, como a da febre amarela, hepatite B para bebês de até 30 dias e a segunda dose da tríplice viral, registraram índices pouco acima de 50%. A meta é de 90% a 95%, dependendo dos casos. “Vejo com preocupação a baixa adesão às vacinas de forma geral. Não estamos conseguindo atingir a meta para diversas vacinas do calendário básico, assim como contra a gripe em 2021 e não podemos negligenciar esta imunização. A doença pode causar pneumonia, levar à internação e sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde com superlotação. Além disso, a vacina da gripe tem indicação universal e para todas as faixas etárias”, diz a especialista.
Ela lembra que crianças, adolescentes e adultos, por exemplo, têm à disposição mais de 18 vacinas diferentes. “Da tríplice viral, que imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola, à que previne o HPV, vírus responsável pelo câncer de colo de útero. Pessoas que têm entre 20 e 59 anos também precisam estar com a carteira de vacinação completa”, esclarece.
Avaliar a carteira vacinal e orientar as vacinas disponíveis por faixa etária, avaliando situações específicas de saúde, e outras como viagens, intercâmbios, atividades profissionais, pré-gestacional, por exemplo, compõe o serviço de imunização oferecido pelo Centro de Vacinas Pequeno Príncipe. “É um trabalho feito por especialistas e, assim, conseguimos prestar um atendimento completo, atualizado e seguro. Seguimos rigorosamente as orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), associado às sociedades científicas, especialmente a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)”, relata a coordenadora.
As vacinas são tão importantes que, para determinadas vagas de emprego, por exemplo, o trabalhador deve apresentar algumas em dia. “Quem trabalha com alimentos, por exemplo, precisa ter a proteção contra hepatite A, pois a pessoa pode transmitir a doença de forma oral”, reforça.
“As vacinas evitam a morte de dois a três milhões de pessoas no mundo. A cada minuto, salvam de cinco a dez vidas. Elas, muitas vezes, são vítimas do seu próprio sucesso. E muita informação é compartilhada de forma errada, fora do contexto. Além disso, é preciso sempre avaliar o risco e o benefício de se tomar uma vacina. E já foi provado que existem muitos mais benefícios, tanto para a saúde individual como para a saúde coletiva”, conclui a médica.
Breve história da vacina
Em 1796, foi criada a primeira vacina de imunização, uma experiência de proteção por meio de inoculação de antígeno, pelo médico britânico Edward Jenner, quando descobriu como proteger as pessoas expostas ao vírus da varíola. Curiosamente, esse estudo foi iniciado para a proteção de crianças.
Centro de Vacinas do Pequeno Príncipe
O Centro de Vacinas oferece mais de 20 imunizantes diferentes para crianças de 0 a 10 anos, 11 para adolescentes de 11 a 19, 13 para adultos de 20 a 59 anos e dez para pessoas com 60 anos ou mais. Há 22 anos, o Centro também conta com atendimento domiciliar, realiza campanhas externas de vacinação, orientações sobre calendários vacinais e supervisão médica e de enfermagem integral. Além da aplicação de vacinas, a unidade realiza avaliação pré-vacinal e suporte nos cuidados pós-vacina da equipe médica e de enfermagem. Há destaque também na área científica, com elaboração de guias de imunização, assim como a participação em eventos científicos nacionais e internacionais.
Serviço
Centro de Vacinas do Pequeno Príncipe
Atendimento: das 8h às 19h (segunda a sexta-feira) e das 8h às 18h (sábado)
Endereço: Rua Desembargador Motta, nº 913
Telefones: (41) 3310-1414 | 3310-1141