Crises de enxaqueca crescem durante a pandemia: descubra como tratar o problema por meio do consumo de chás
A pandemia do novo coronavírus tem provocado nas pessoas sensações de medo, incerteza e desespero, o que tem contribuído para o aumento da ocorrência de crises de enxaqueca – doença neurológica e genética, que tem a dor de cabeça como um de seus sintomas mais marcantes. O pior de tudo isso é que o problema pode estimular a elevação da ansiedade, alterações bruscas de humor, maior irritabilidade e outros transtornos mentais e emocionais.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a enxaqueca é a sexta doença mais incapacitante e uma das principais causas de ausência e diminuição de produtividade no ambiente de trabalho. De maior recorrência entre as mulheres, a enfermidade pode ser impulsionada por diversos fatores, dentre eles o estresse, tensões, privação de sono, angústia, mudanças hormonais, pouca ingestão de água, longas horas de jejum, sedentarismo e o consumo exacerbado de bebidas alcoólicas, cafeína e alimentos ricos em gordura e sal.
Para ser classificada como crônica, as crises de enxaqueca devem se fazer presentes por ao menos 15 dias por mês, durando em média 3 dias cada episódio. As dores ocasionadas pelo problema geram latejamento e sensibilidade nas regiões da testa e têmporas e pode alcançar o pescoço e os ombros. Em alguns casos ainda podem ser acompanhadas por intolerância a luz, aversão a odores e barulhos, azia, refluxo, enjoos ou vômitos. O seu diagnóstico é exclusivamente clínico, pois nenhum exame é apto para detectar a doença.
A psicóloga e proprietária da empresa mineira especializada na fabricação de chás Soulchá, Ana Paula Baptista, aponta que o temor da infecção pela covid-19 colaborou intensamente para o aumento da adoção da prática de automedicação. “Logo quando identifica algum sinal que sugira a presença da doença, a maioria das pessoas está partindo para o uso de anti-inflamatórios ou analgésicos sem indicações. Com isso, acaba se tornando vítima da ‘dor de cabeça rebote’, que é uma consequência do uso exagerado de medicamentos. Então é essencial ter atenção quanto a esse comportamento. Caso surjam sintomas concretos de contaminação pelo coronavírus, o mais indicado é que o paciente procure pelo atendimento médico”, ressalta.
Segundo Ana Paula, uma ótima opção para quem deseja complementar o tratamento médico da enxaqueca ou aliviar dores de cabeça mais leves é o consumo de chás. “As infusões de tanaceto e petasites hybridus possuem forte efeito sobre a doença, ajudando a suavizar a dor, mas também prevenindo o aparecimento de novas crises. Já os chás de camomila, orégano, lavanda e melissa possuem propriedades calmantes e relaxantes, sendo boas pedidas para mitigar tensões, e, consequentemente, a dor de cabeça. O chá de hortelã tem ação analgésica, assim como o de erva cidreira. O último ainda atua contra a ocorrência de espasmos e produz impacto sedativo. Eles agem muito bem na amenização de cefaleias de cunho emocional e de má digestão”, recomenda.
Compostos por substancias que melhoram a digestão e incômodos estomacais, o chá de boldo também pode ser uma boa alternativa para solucionar dores de cabeça. Outra infusão que pode facilitar a vida de quem já convive com a enxaqueca é a de valeriana, pois ela possui atributos calmantes e ansiolíticos, além de elevar a qualidade do sono. Já a erva-doce é excelente para vencer a cefaleia proveniente de resfriados.
“O chá de gengibre possui uma potente ação anti-inflamatória. Rico em potássio e magnésio, ele auxilia no estímulo da circulação, facilitando o fluxo de sangue para o cérebro, o que acaba aliviando os sintomas de enxaqueca. Por fim, as compressas feitas com a infusão de sálvia também podem ser muitos eficientes na atenuação de dores de cabeça mais fortes”, conclui.