Elasticidade capilar: saiba porque é importante mantê-la

As proteínas capilares apresentam certa elasticidade natural que permite que os fios sofram discreto alongamento quando são penteados. Esta elasticidade é o que faz com que os cabelos não se quebrem com facilidade em virtude de qualquer força aplicada no ato de pentear os fios.

Mudanças nesta capacidade elástica podem ocorrer em virtude de algumas situações climáticas ou exposições a produtos químicos. Dependendo do tipo de situação a que os fios são submetidos a elasticidade e força capilar pode aumentar ou diminuir deixando-os mais resistentes ou suscetíveis a danos. Por isso, conhecer as situações que provocam fraqueza nos fios é de extrema importância para que danos possam ser evitados.

Segundo o médico e tricologista Dr Ademir Leite Junior, “os cabelos que já se encontram enfraquecidos não deveriam passar por procedimentos que poderiam enfraquecê-los ainda mais. Sob o risco de irreversibilidade de correção do problema”. O tricologista aponta fatores que alteram a elasticidade dos fios e, entre eles os que provocam danos que poderiam ser reduzidos ou evitados com pequenos ajustes:

A elevação da umidade relativa do ar aumenta a elasticidade dos fios. Portanto, é comum em dias úmidos ou quando os cabelos se encontram literalmente molhados, que sua capacidade de distensão se torne maior. Isto faz com que os fios aceitem maior força de tração quando da aplicação do penteado;

O diâmetro das fibras capilares também é proporcional a sua capacidade elástica. Quanto mais grosso o fio mais ele
consegue suportar trações;

O aumento da temperatura dos fios (secador ou chapa), até um certo limite, pode promover ganho na elasticidade. Esta
temperatura é de 85°C para cabelos sem nenhuma química e por volta de 65°C para cabelos quimicamente tratados. Quando essa temperatura é ultrapassada o comprometimento dos fios se torna irreversível;

Cabelos que foram clareados por qualquer método costumam ter menor elasticidade que cabelos não clareados. Isto porque o clareamento altera de forma significativa a estrutura proteica capilar reduzindo sua elasticidade e força frente a trações;

Cabelos que passaram por escovas progressivas ou permanentes também sofrem mudanças expressivas na sua estrutura interna que acaba provocando redução na sua capacidade de extensão ao pentear. Logo, são cabelos que suportam menos força e se quebram com mais facilidade;

Colorações modificam a capacidade elástica dos fios. Os danos são maiores quando se passa de uma cor mais escura para uma mais clara. Pessoas que escurecem seus cabelos sofrem menos danos químicos em sua capacidade de extensão. Colorações mais escuras danificam menos os fios;

O uso de produtos como xampus, que contém espumantes (surfactantes), acabam de alguma forma lesando os fios. Porém, os danos causados por produtos de limpeza como esses costumam ser muito pequenos quando comparados a qualquer outro procedimento químico capilar;

Produtos com pHs muito baixo (<2) ou mais elevados (>9) costumam causar danos irreversíveis aos fios quando o tempo de exposição é relativamente longo. Produtos de aplicação prolongada e que estejam com pHs entre 2 e 9 raramente causam problemas aos cabelos;

Radiações solares levam a danos irreversíveis. Estas reduzem a elasticidade e a força de tensão dos mesmos ao extremo por lesão das proteínas capilares;

Pessoas que sofrem com hipotireoidismo e outras doenças endócrinas como a acromegalia acabam tendo cabelos menos elásticos;

Deformações genéticas dos fios também podem representar problemas de elasticidade (ex: Moniletrix);

Cabelos com força e elasticidade comprometidas costumam precisar de atenção especial no que diz respeito a cuidados de reparos. Entre os procedimentos que ajudam na recuperação parcial dos fios (uma vez que a reparação total é improvável), as hidratações, as cauterizações e as queratinizações são as escolhas principais. Cuidados em casa com produtos suaves e protetores (silicones e produtos sem enxague), devem ser realizados sempre.

Fonte: Blog O Tricologista (http://otricologista.com/)

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