3 de junho: Dia internacional do pé torto congênito

Popularmente conhecido como “pé virado para dentro”, o pé torto congênito é uma má formação que pode ser descoberta ainda durante a gravidez. No entanto, a confirmação só é possível após o nascimento do bebê por meio de um exame físico, não sendo necessário realizar qualquer outro exame de imagem.

Segundo o ortopedista pediátrico David Nordon, o pé torto congênito pode ser revertido desde que o tratamento seja feito de acordo com a orientação médica. “Atualmente, a técnica mais indicada é o método de Ponseti, que consiste no uso de gesso seriado e, posteriormente, uma órtese. Cirurgias como fazíamos antigamente são métodos de exceção”, explica o médico, que também é professor da disciplina de Saúde Pública da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – Campus Sorocaba – PUC Sorocaba.

 

“As causas do pé torto ainda são desconhecidas e bastante discutidas. Alguns pesquisadores acreditam que essa condição é essencialmente genética e que, ao longo do desenvolvimento do bebê, na gestação, há a ativação de genes responsáveis por essa condição. Outra teoria também aceita e discutida é a de que o colágeno que fica na parte de dentro da perna e do pé é defeituoso leva a um membro mais fino, mais curto e um pé com uma torção para dentro”, comenta o médico.

Nordon ainda conta que apesar de existirem várias hipóteses a respeito da ocorrência do pé torto, uma coisa é certa: o tratamento deve ser iniciado cedo para garantir a qualidade de vida da criança. “Um tratamento precoce e bem feito leva a um pé basicamente normal na maioria dos casos. Aos quatro anos, a criança conclui o uso da órtese e passa a ter uma vida normal”, finaliza.

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