Pacientes estéticos tem buscado tratamentos individuais e humanizados

O mercado da estética está entre os que mais crescem no Brasil. Além de possuir o segundo maior faturamento com relação a itens de beleza segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o país também lidera o ranking de cirurgias plásticas. Em paralelo, a busca por procedimentos estéticos não invasivos aumentou 390% de acordo com dados do Censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Com o aumento da demanda, o mercado se expandiu e a abertura de clínicas estéticas tem sido um negócio que recebe cada vez mais investimento de quem busca entrar no empreendedorismo. Porém, assim como o aumento abre portas para avanços, há as desvantagens: o atendimento nas clínicas estéticas está cada vez mais mecanizado, buscando mais o lucro e gerando clientes insatisfeitos.

Dr. Thiago Martins é biomédico esteta, professor universitário, atua na área há mais de 12 anos e destaca que mesmo com toda a tecnologia disponível e uma maior gama de profissionais atuando no mercado, o paciente deve prezar pela troca e pelo alinhamento com o especialista que irá conduzir os procedimentos.

“Não é difícil encontrar pessoas que foram ludibriadas a fazer um procedimento estético sem necessidade, ou que não tiveram os traços respeitados ou as vontades ponderadas no momento de realizar os tratamentos. As ‘desarmonização’ faciais estão em toda parte como um exemplo de que mesmo em procedimentos não-invasivos, é preciso um cuidado tão grande quanto o que seria necessário ao fazer uma cirurgia”, comenta o biomédico e professor.

Com uma atuação que dispensa modismo, o biomédico defende que os atendimentos estéticos devem seguir um padrão individualizado, com planejamento assertivo e que gere a melhor troca de expectativas e possibilidades entre paciente e profissional. “Mais do que realizar um procedimento que irá diminuir a gordura localizada, por exemplo, na clínica buscamos traçar todo o estilo de vida do paciente, de forma que saibamos reconhecer quais os desejos e possibilidades de tratamentos que melhor agirão naquele caso. Oferecendo apenas o que de fato irá funcionar, sem expectativas irreais”, aponta Dr. Thiago Martins.

Para o professor, apesar das redes sociais terem alavancado a área estética do país, há contras, como a busca não pelo bem-estar e autoestima, mas pelo padrão. “Não é incomum receber pacientes que querem fazer intervenções para se parecer com um famoso das redes ou para ficar com a estética de um filtro que é utilizado no Instagram”, diz,

Segundo ele, é justamente nesse cenário que a visão do profissional faz toda a diferença. “É na consulta e na troca com o paciente que o profissional consegue expor as possibilidade com clareza, sem desmotivar, e traçando caminhos que melhor atenderão aquelas expectativas com base na valorização da beleza que já existe no paciente, sem transformá-la em alguém totalmente diferente”, expõem Dr. Thiago Martins, que acredita em uma estética humanizada, que apenas aperfeiçoa a beleza que já existe no paciente.

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