Pesquisa inédita no Brasil: percepção de mulheres com dor crônica sobre o atendimento médico

Inédito no Brasil, estudo revela que 50% das mulheres reclamam da falta de atenção que o médico dá às suas queixas de dor. O resultado reafirma vários estudos internacionais: existe preconceito com relação a dor feminina, as mulheres não recebem da saúde pública e privada o mesmo tratamento dado aos homens. Desenvolvido pelo projeto filantrópico Dor Crônica – O Blog, em parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), e autorizado pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, o novo estudo “Percepção do Atendimento Médico prestado às mulheres com dor crônica foi realizado com 1.022 mulheres com dor crônica, maior parte entre 40 e 60 anos.

Os dados demonstram também que 75,5% das mulheres insatisfeitas reconhecem que o médico se preocupa com a doença, mas dá pouca atenção à essas queixas de dor; e duas em cada 10 entrevistadas afirmam que a equipe médica não se preocupa com a sua dor. Entre as 882 mulheres com dor crônica superior a seis meses, 32% relata não conhecer o motivo da dor, e uma parcela de 35% afirma que não foi informada sobre por um profissional da saúde. A dupla carência atingiu um quarto desse grupo.

Essa avaliação não melhora ao se constatar que uma proporção também significativa de entrevistadas, 39,1%, é composta por dois grupos distintos: as que se consideram informadas sobre sua dor, mas não por um profissional da saúde, e as que não se consideram informadas. As 84% das entrevistadas concordam com a afirmação: “Estaria melhor se eu recebesse apoio de uma equipe de saúde”. Veja pesquisa na íntegra: https://bityli.com/du48N

“Nos países mais desenvolvidos há críticas crescentes quanto as queixas da mulher com dor crônica não serem devidamente valorizadas pelos médicos e, em vez disso, atribuídas à somatização”, afirma o pesquisador profissional Julio Troncoso, criador do Dor Crônica – O Blog, projeto filantrópico de educação em dor no Brasil, formado em Economia e Administração de Empresas e PhD em Comportamento pela Cornell University (EUA), que já lançou 10 livros digitais sobre o tema da dor feminina.

“Este estudo reforça a necessidade da formação de um profissional empático, preparado para interagir de maneira humanista e ética com seus pacientes”, afirma a vice-diretora da FMJ, dra. Ana Carolina Marchesini de Camargo, mestre e doutora em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP, professora adjunta da disciplina de Ginecologia. Ana Carolina informa que os dados coletados estão sendo trabalhados e cuidadosamente interpretados para que sejam apresentados em eventos científicos e publicados em revistas renomadas.

Projeto sobre conscientização de Dor Crônica (dorcronica.blog.br) – O objetivo é ajudar a construir uma conscientização sobre Dor Crônica no Brasil, entre pacientes e profissionais de saúde. O blog reúne artigos, posts, e-books, vídeos, questionários médicos, aplicativos, cartuns, lâminas pedagógicas e outros conteúdos nas redes sociais. A maior parte de seu conteúdo já se encontra para o inglês e espanhol. Entre as obras de Julio Troncoso que constam estão ‘O Paradoxo de Eva’, juntamente com o aplicativo gratuito ‘Alívio Mulher’ e também o ‘Alívio Coronavírus’. O projeto tem consultoria de Rosana Pereira, administradora de empresas com pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas.

Mais informações no: dorcronica.blog.br, Facebook:  @dorcronicablog, Instagram: @blogdorcronica, Linkedin: blogdor e Canal no Youtube: Blog Dor Crônica.

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