Virose: teste molecular identifica 24 tipos de vírus que causam infecção respiratória

Há pouco tempo, era muito comum pais levarem seus filhos ao pediatra com febre, tosse ou dor de garganta, e receberem o diagnóstico de uma virose. Com a pandemia do coronavírus, ficou mais comum a procura por testes diagnósticos. E hoje, é muito mais frequente que os pacientes queiram saber que tipo de vírus eles têm.

“Apenas com o exame clínico, o pediatra não tem como saber se está ocorrendo uma infecção bacteriana ou viral. Há vários patógenos respiratórios que causam sintomas muito parecidos. Saber qual está causando a doença é fundamental para que se receba rapidamente o tratamento adequado”, afirma Juliano Bison, da Mobius Life Science.

Informações do Ministério da Saúde (DataSUS), por exemplo, mostram que de janeiro a março de 2021, quando realizado teste para diferenciação das infecções respiratórias em pacientes até 14 anos, percebeu-se que a SRAG foi causada pelo novo coronavírus em 65,7% dos casos. Os demais casos foram por outros vírus respiratórios, com destaque para o vírus sincicial respiratório (VSR). Contudo, nem todos os pacientes são testados, por isso, o número de casos deve ser ainda maior.

O teste molecular oferecido pela Mobius Life Science é uma solução para esse diagnóstico, suas principais características são a precisão e rapidez na identificação da doença. “O diagnóstico molecular baseia-se em técnicas consagradas da biologia molecular como a PCR (reação em cadeia de polimerase) que investiga a causa da infecção pela busca de material genético do vírus ou bactéria no organismo do paciente”, explica Bison.

O Painel Respiratório é um exame molecular mais completo. É capaz de identificar até 24 patógenos que causam infecções respiratórias com apenas uma amostra do paciente. Ou seja, um único teste pode dizer se o paciente está com um tipo de vírus ou bactérias, como o Adenovírus humano, Coronavírus SARS-CoV-2, Rinovírus humano, Vírus Influenza A, Vírus Influenza A subtipo H1N1, Vírus sincicial respiratório A, entre outros. Além da COVID, com a chegada do outono e do inverno, esses vírus também são responsáveis por epidemias sazonais.

Para Marcelo Gomes, coordenador do boletim Infogripe da Fiocruz, já houve um aumento nos casos identificados com alguns desses vírus nesse início de ano. “Não se compara aos casos de Covid, mas voltaram a aparecer. E como já estamos com a rede hospitalar sobrecarregada, qualquer outro caso associado a outro vírus que demande hospitalização é um problema. Algumas viroses estão mais associadas a crianças, mas em termos de sintomas, são muito similares”, afirma. Vale lembrar que cada virose pode levar a uma conduta médica para tratamento sendo utilizados diferentes tipos de medicamentos.

Os principais vírus que causaram hospitalização e óbitos por SRAG nos últimos anos foram o SARS-CoV-2 em adultos, Influenza H1N1 e RSV em crianças. O RSV é também responsável por 70% das bronquiolites e até 40% das pneumonias. Os Adenovírus e Rinovírus estão relacionados à exacerbação da asma, bronquite e pneumonia. Além disso, infecções bacterianas importantes como a pneumonia podem ser confundidas com a COVID-19 por apresentarem sintomas semelhantes.

“O diagnóstico molecular preciso orienta as medidas para prevenção da transmissão patogênica, direciona o tratamento e previne o desenvolvimento de mecanismo de resistência antimicrobiana. O tratamento correto, reduz o risco de reação adversa por tratamento empírico ineficaz e os custos hospitalares”, complementa Juliano Bison, da Mobius Life Science.

De acordo com o pediatra Dr. Mauro Toporovski (CRM SP-31948), a circulação da COVID-19 será concomitante com outros vírus. “É importante manter as medidas de distanciamento, uso de máscara, lavagem de mãos e álcool gel. E, em caso de sintomas, mapear o possível histórico de contágio, além dos kits de diagnóstico”.

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