Como identificar sinais de violência contra crianças e adolescentes

Nos últimos dias, a repercussão do caso do menino Henry, de 4 anos, morto no Rio de Janeiro, tem despertado a atenção das pessoas sobre a violência doméstica contra crianças e adolescentes. O pai do menino, Leniel Borel, pediu pelas redes sociais para que as pessoas denunciem casos como o de seu filho. Mas como perceber os sinais de que uma criança pode estar sofrendo violência?

“Alguns sinais são mais evidentes, como a presença de hematomas e doenças sexualmente transmissíveis, no caso dos abusos sexuais. Mas é importante notar mudanças de hábito repentinas, alterações de humor, medo de ficar na presença de certas pessoas, adoção de comportamentos que não condizem com a faixa etária”, afirma Gezyka da Silveira, Coordenadora da Unidade de Programas da Plan International Brasil em São Luís (MA).

Adultos, cuidadoras e cuidadores devem ter atenção a esses sinais para tomar providências e, inclusive, realizar denúncias aos conselhos tutelares ou pelo Disque 100. Desde o ano passado, com a rotina imposta pela pandemia de Covid-19, o volume de denúncias de crimes de violência diminuiu. A subnotificação, no entanto, não reflete o cenário real, já que crianças e adolescentes passaram a conviver ainda mais tempo com seus agressores. A falta da frequência a escolas e atividades comunitárias também atrapalha as denúncias, já que professores têm papel fundamental na observação dos sinais de violência contra crianças e adolescentes.

A Plan International Brasil também atua diretamente com as crianças, para que elas possam se proteger. O projeto Cambalhotas, que atende crianças de 7 a 10 anos, usa oficinas lúdicas e socioeducativas para sensibilizar sobre direitos. A ideia é que as crianças possam identificar quando estão em uma situação de violência, seja ela sexual ou não.

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