Um pouco sobre reprodução assistida
Assim como numa gestação espontânea, qualquer mulher antes de engravidar deve se preparar. Ser e estar o mais saudável possível é sem dúvida a melhor escolha. Nos tratamentos de reprodução assistida, os pacientes precisam de um preparo emocional também, pois as etapas até o sucesso (ter um bebê) podem ser longas e pesadas.
A ginecologista Maria Augusta Engler Tamm Toppjian, especialista em reprodução assistida da clínica Huntington Medicina Reprodutiva, ressalta a necessidade da realização de exames pré-concepcionais e o uso de complexos vitamínicos, logicamente prescritos pelo médico. “A questão financeira também é outro ponto importante para aqueles que necessitam de ajuda médica para realizar o sonho da maternidade ou paternidade”, salienta.
A médica ainda aponta o momento em que o casal deve procurar ajuda para ter o bebê: “Casais que tentam engravidar há mais de um ano, se a mulher tiver menos de 35 anos. Se tiver mais, não esperar mais do que 6 meses”, recomenda. Por outro lado, Dra. Maria Augusta ressalta que não existe limite de idade. “Mesmo mulheres que já tiveram a menopausa podem realizar o sonho de ser mãe”, completa.
Na opinião da ginecologista, o maior desafio para quem busca a reprodução assistida é controlar a ansiedade que o tratamento gera. “Aconselho sempre ter um suporte psicológico, ou mesmo algo que o paciente acredite que possa fazer bem, como acupuntura, orações, meditação… a cabeça precisa estar conectada com o corpo e é necessário saber qual a sua prioridade naquele momento”, analisa.
Opções de tratamento
Existem tratamentos em reprodução assistida que visam a preservação da fertilidade, para aqueles que desejam postergar a maternidade/paternidade por diferentes motivos, ou que irão realizar tratamentos como quimioterapias, radioterapias, etc que podem sofrer com a perda dos gametas. Os mais comuns são o congelamento de óvulos ou de sêmen.
Os tratamentos focados na gestação são divididos em baixa complexidade (coito programado e inseminação intrauterina) e os de alta complexidade (FIV – Fertilização In Vitro e ICSI – Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides).
No coito programado, a mulher recebe medicações para estimular a ovulação e no período correto, avaliado pela ultrassonografia, o casal é orientado a ter relação sexual.
A inseminação intrauterina é aquela em que a mulher também recebe medicações para estimular a ovulação, porém, no período correto, é feita a injeção do sêmen tratado.
A FIV é uma técnica que consiste na união do óvulo com o espermatozoide em ambiente laboratorial. E por fim, a ICSI é realizada através de FIV, quando há a injeção de um único espermatozoide previamente selecionado, no caso o melhor, dentro do óvulo.
Dra. Maria Augusta Engler Tamm Toppjian informa que o tratamento de reprodução assistida pode excluir doenças genéticas hereditárias, além de ser possível avaliar a presença de alterações cromossômicas antes da gestação.
Para finalizar, a médica afirma que quando o casal decide procurar ajuda para ter um filho, a relação médico-paciente deve ter empatia, de modo que é necessária confiança no profissional que escolheu. “No caso da reprodução assistida, os pacientes precisam também de informações a respeito do laboratório que o profissional escolheu para realizar seus casos. A embriologia pode fazer toda a diferença no resultado final”, indica.