Doenças respiratórias em crianças aumentam nessa época do ano

O índice de crianças em Pronto-Socorro e unidades de internação pediátricos tem aumentado gradativamente desde o começo do ano. Entretanto, diferente do que muitas pessoas possam imaginar, a maior procura não é por causa do SARS-CoV-2, e sim, por outras infecções respiratórias virais, muito comuns nessa época do ano.

No Sabará Hospital Infantil, especializado no atendimento de crianças de 0 a 17 anos, em fevereiro desse ano em comparação com o mês anterior foi observado um aumento de 185% do número de atendimentos de bronquiolite no PS e de 254% nas internações. Estes números, embora ainda 33% e 40% inferiores a fevereiro de 2020, se aproximam ao registro de 2019.

“O aumento de casos de bronquiolite já é esperado a partir do final de fevereiro e habitualmente o pico de casos ocorre entre março e maio. O aumento de casos de bronquiolite reflete a redução das medidas de distanciamento social, incluindo o retorno às escolas, que aumenta a transmissão do vírus sincicial respiratório, principal causa da bronquiolite”, explica o gerente médico e infectologista do Sabará Hospital Infantil, Dr. Francisco Ivanildo de Oliveira.

Pacientes com Bronquiolite atendidos no PS e internados

 

Em relação aos casos de Sindrome Gripal/Resfriados, nos meses de janeiro e fevereiro de 2021 houve um aumento de casos, equivalente aos mesmos meses de 2019.

 

Pacientes com Síndrome Gripal/Resfriados atendidos no PS

“Verificamos um aumento, a partir de janeiro, no atendimento de crianças com doenças respiratórias de uma forma geral. O que percebemos é que esse aumento aconteceu um pouco mais cedo do que o habitual”, explica Dr. Francisco.

O especialista afirma que é importante proteger as crianças das infecções virais, mas que os pais não precisam entrar em pânico em relação ao Coronavírus em crianças. “Vários estudos mostram que as crianças habitualmente apresentam formas mais leves de infecção e as escolas não são os principais focos de transmissão de Covid-19 sendo que, a maior frequência de transmissão acontece na comunidade”, afirma Dr. Francisco.

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