Espetáculo de dança contemporânea TAMPOCO HAY CASA faz seis apresentações on-line de 14 a 30 de março
A proposta de encenação da obra é uma continuação da pesquisa da Companhia, que investiga diversas formas de produzir conteúdo cênico, passando pela coreografia, as partituras e a improvisação. “Tampouco Hay Casa” tem música ao vivo, improvisada livremente por Mariana Carvalho a partir da partitura da Cia Antônima. Mariana também atua como performer nas apresentações, aparecendo em cena tocando, ao lado das intérpretes criadoras: Adriana Nunes, Anna Luiza Marques, Camila Miranda e Isadora Prata. Cada uma das artistas estará na sua casa no momento da apresentação. O figurino é assinado por Anna Luiza Marques e a iluminação é de Lúcia Galvão.
O despertar da obra nas palavras da Companhia:
O confinamento obrigatório num momento de pandemia, como toda mudança abrupta, conduz os indivíduos e a sociedade por um caminho em que deparamos com o susto inicial mas nos agarramos à ideia de que tudo voltará logo a ser como antes. Passamos para o entendimento de que, na verdade, não há mais volta e buscamos nos adaptar. E chegamos aonde? Ainda não sabemos. Mas já sabemos que como em qualquer outra forma de vida, a vida em quarentena traz angústias e possibilidades, nostalgias e novidades.
Tentamos transformar nossa casa em espaço de trabalho, sala de ensaio, palco, escola dos filhos, bar, café, e ainda preservá-la como espaço de intimidade, privacidade, segurança. A casa tem força para ser tudo isso? A sensação de voltar para casa no fim do dia ainda é possível? Onde está nosso canto preferido da casa? Ainda há casa?
No hay tema, tampoco hay casa.