Médica ginecologista destaca a importância da prevenção para a saúde da mulher
O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é também uma oportunidade para incentivar o cuidado com a saúde feminina. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a melhoria da qualidade de vida das mulheres é um tema importante na agenda global de saúde e direitos humanos, refletindo o papel crucial que as mulheres desempenham no apoio ao bem-estar social, emocional, físico e econômico de suas famílias.
“Os problemas de saúde das mulheres tendem a aumentar em parte devido a uma corrida constante contra o tempo”, explica a ginecologista cooperada da Unimed-BH Bernadete Lopes da Silva. A causa disso, segundo ela, pode também ser atribuída à mulher multitarefa de hoje, que cuida tanto da família quanto de seus planos e aspirações, tornando-a mais suscetível a doenças relacionadas a esse estilo de vida. Bernadete acrescenta que, agora, com a pandemia e a necessidade de isolamento domiciliar, essa pressão aumentou ainda mais para as mulheres. “Além do novo contexto de trabalho, os filhos estão mais tempo dentro de casa e aquelas famílias que tinham alguma ajuda, em muitos casos, tiveram de deixar de contar com os trabalhadores domésticos”, completa a ginecologista.
Com tudo isso, a preocupação da especialista da Unimed-BH vai além da prevenção à Covid-19 e destaca que é preciso que a mulher esteja ainda mais atenta aos sinais que o corpo traz e, principalmente, quanto à prevenção. “O ginecologista é o médico da mulher, em todas as fases da sua vida, e a medicina hoje é preventiva. Portanto, a visita ao ginecologista não aborda apenas questões clínicas, mas também a orientação para um estilo de vida mais saudável”. Segundo a médica, nisso incluem recomendações sobre dietas, atividades físicas e estímulo a cessação do tabagismo, “é importante um trabalho conjunto para se alcançar um envelhecimento saudável”, diz.
A seguir, a ginecologista cooperada da Unimed-BH Bernadete Lopes da Silva lista os principais pontos de atenção e exames específicos para cada faixa etária da mulher.
INFÂNCIA – “Na infância, a vacinação para o HPV (papilomavírus humano) é indicada para meninas e meninos a partir dos nove anos de idade. A vacina está disponível na rede pública e já faz parte do calendário de vacinação nesta idade. O HPV é a principal causa de câncer de colo uterino, vagina, vulva, ânus e de orofaringe.”
ADOLESCÊNCIA – “É muito importante manter com a família e também com o médico um diálogo aberto com orientações sobre a vida sexual, o que inclui a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada. Outra recomendação para esta fase da vida, é o rastreamento do câncer de colo uterino, por meio do exame de Papanicolau, que deve ser realizado três anos após o início da atividade sexual. A repetição deste exame, se será anual ou não, vai depender de cada caso.”
MULHER ADULTA – “Além do cuidado com o estresse, o controle da mama, por meio da mamografia, se inicia aos 40 anos de idade nas mulheres de risco habitual e se mantém até os 74 anos de idade. Quanto a outros exames, eles variam de acordo com a idade e a presença ou não de comorbidades, como hipertensão, diabetes, hiperlipidemia, doenças hematológicas e também de acordo com o histórico familiar.”