Abuso sexual na infância e na adolescência
Qualquer forma de relação, jogos ou brincadeiras sexuais que o adulto venha a praticar com uma criança ou adolescente, com intuito de buscar prazer para ele ou para outros adultos é considerado abuso sexual.
É preciso entender que o abuso pode acontecer através de ameaças verbais ou físicas, subornos, chantagens, sedução ou manipulação. E é muito importante entender que o abuso sexual não se realiza apenas pelo contato físico.
“É muito comum, nos pacientes que atendo, tanto nos homens quanto nas mulheres, mas principalmente nas mulheres, uma história de abuso sexual na infância que acabou resultando em um quadro depressivo na vida adulta” -Comenta a Dra. Aline Machado Oliveira, Psiquiatra e Psicoterapeuta Junguiana
Tipos de Abuso Sexual
Abuso Sexual com Contato Físico: toda tentativa de relação sexual; desde os atos físicos envolvendo tocar os genitais, masturbação, sexo oral ou penetração. Que podem ser também tipificados, por lei, como atentado violento ao pudor, corrupção de menores, sedução e estupro. Mesmo os contatos físicos forçados, toques no corpo, beijos também podem ser considerados abuso sexual.
Abuso Sexual Sem Contato Físico incluem:
Assédio Sexual: É considerado todo comportamento de caráter sexual, indesejado, seja de forma verbal, não verbal ou física. Podem estar envolvidas chantagens ou ameaças por parte do agressor.
- Abuso Sexual Verbal: Chamadas de vídeos ou telefonemas obscenos são exemplos de abuso sexual verbal, como qualquer conversa erotizada, com conteúdo sexual, ou sobre atividades sexuais, seja para estimular o interesse da criança ou para chocá-la.
Exibição e Compartilhamento de Material Pornográfico: A pornografia também é classificada como uma forma de exploração sexual infantil, envolvendo ganho financeiro para o agressor de abuso sexual com contato físico. Quando o material pornográfico é exibido para crianças e adolescentes, obrigando-os a ver ou a assistir, é também considerado abuso sexual sem contato físico.
Exibicionismo: O ato de mostrar os órgãos genitais ou se masturbar diante de crianças ou adolescentes (ou de maneira que essas crianças e adolescentes possam ver).
Voyeurismo: É a satisfação sexual pelo ato de observar, compulsivamente ou não, os genitais ou os atos sexuais de outras pessoas sem a permissão delas. Entre adultos, nas relações sexuais, essas práticas podem ser consentidas.
O abuso sexual na infância e na adolescência traz consequências a curto prazo e a longo prazo. De qualquer forma os estragos são imensos e podem destruir uma vida.
Consequências a curto prazo:
São os danos físicos: hematomas, lesões, além de doenças sexualmente transmissíveis. Essas marcas físicas indicam possível abuso sexual. Outros sinais de abuso podem ser notados no comportamento da criança ou do adolescente ,como mudanças repentinas de comportamento ,do humor, perda ou excesso de apetite ou de sono, isolamento, baixa autoestima além de outros sinais.
Consequências a Longo Prazo:
Os danos físicos também podem deixar sequelas graves, incapacitando o ciclo reprodutivo.
As consequências psicológicas afetam os relacionamentos afetivos e a vida amorosa como um todo por causa da experiência traumática. Os sentimentos de culpa, depressão e ansiedade, baixa autoestima e medo de intimidade são outros fatores que afetam diretamente as vítimas, diz a Dra. Aline Machado Oliveira .
Também não podemos ignorar que o trauma da experiência de abuso sexual pode levar as vítimas às dependências químicas como uma válvula de escape.
“Se você já passou por esse tipo de experiência, procure ajuda, procure tratamento, procure um profissional na área, um psicólogo ou psiquiatra, mas não desista de você.”- Alerta a Dra. Aline, que lembra: Pedofilia é crime.