Ozonioterapia no tratamento da diabetes
“A ozônioterapia é um modulador hormonal. Acaba modulando a insulina. Como é um detox do organismo, coloca todo o corpo em equilíbrio, inclusive protegendo contra as comorbidades dessa doença. Por exemplo: neuropatias diabéticas, que acabam evoluindo para amputação, que é o caso do pé diabético. Outro exemplo são as retinopatias, que são as doenças da retina, como catarata, que também é uma comorbidade do diabético. A ozônioterapia, quando faz essa modulação, equilibra o organismo e evita essa comorbidade”, explica Marisa Lima, enfermeira especialista na prática.
Mas ela alerta que a ozônio tem que ser acompanhada de outras terapias, por exemplo a nutricional. “Não adianta fazer ozônioterapia e não ter uma dieta equilibrada. A mudança de hábitos é fundamental para um bom resultado. Tem horas que nem a insulina consegue dar conta, fica aquela loucura do sobe e desde e nada dá conta. É aí que a ozônio entra, mas principalmente para evitar as comorbidades”, explica Marisa. “Eu tenho pacientes que tem aquela subida na insulina e, quando sobe, tem que fazer caminhada, por exemplo. É um conjunto de fatores que associados trazem bem estar a uma doença que não tem cura”.
A neuropatia, que faz o paciente perder a sensibilidade no pé, é uma das preocupações do diabético. “Ele pode se machucar que não vai sentir. A ozônioterapia vai impedir que se desenvolvam as feridas e se existir, aí pode funcionar como cicatrização dessa ferida”.
Marisa ressalta que essa é uma prática relativamente barata. “No caso do diabético, o benefício é muito grande. Um ‘pé diabético’ evolui para amputação muito rápido. Com a ozônioterapia, a cicatrização impede também que algo pior aconteça”, explica a especialista.
O QUE É A OZÔNIOTERAPIA
A ozônioterapia é uma mistura de gases – do oxigênio com ozônio – onde a prática aumenta a circulação, a imunidade e ainda combate o estresse oxidativo, que é um vilão para a saúde. Além disso, tem ação antiinflamatória, ação fúngica e bactericida. As utilidades e aplicações são inúmeras, desde cuidados paliativos com câncer até a área estética. Cabe ressaltar que todo esse uso e essa prática precisam ser muito bem orientados por profissionais qualificados e capacitados. “A ozônio é muito famosa na Europa, está nos cinco continentes e chegou ao Brasil há apenas 40 anos. Depois do sucesso lá fora, o brasileiro tem seguido o exemplo de países desenvolvidos para ter mais saúde, que proporciona qualidade de vida”, explica Marisa Lima.