Exposição solar exagerada no couro cabeludo pode acarretar queimaduras, perda de cabelo até câncer

O verão está quase no fim, mas os cuidados com a exposição ao sol devem ser realizados o ano inteiro, principalmente em uma área que geralmente é negligenciada pelas pessoas: o couro cabeludo.

Os raios UVA e UVB emitidos pelo sol são um perigo para pele e para o cabelo. Quem tem cabelos ralos, alopecia e calvície, tanto a masculina quanto a feminina, precisa de atenção redobrada para proteger a área dos danos que o sol pode causar diariamente, principalmente quando se expõe excessivamente a essas condições, como nos dias ao ar livre, praia ou piscina.

“Essa área é muito sensível e as queimaduras por causa do sol são mais comuns do que as pessoas imaginam. Na maioria das vezes, ocorre devido à falta de cuidado adequado como a proteção solar, seja por falta da utilização de produtos com Fator de Proteção Solar (FPS) ou mesmo o bloqueio físico como chapéus”, comenta a tricologista Valine Alencar.

Os sintomas de um couro cabeludo queimado pelo sol são basicamente os mesmos que uma queimadura solar em outras partes do corpo: vermelhidão, sensibilidade e aumento da temperatura no local, dor, comichão e, em casos graves, pequenas bolhas cheias de líquido. “Se a queimadura solar for intensa, o paciente também pode sentir dor de cabeça, febre, náusea, fadiga e desidratação”, explica Valine.

Algumas famosas já sofreram com queimaduras solares no couro cabeludo, como o caso da atriz Larissa Manoela, em 2019, e da modelo e influencer, Andressa Suita, em 2018,. “As famosas compartilharam em suas redes sociais, há alguns anos, os danos sofridos pelo sol. Em ambos os casos foi visível a irritação da área devido a quantidade excessiva de exposição sem a devida proteção”, exemplifica a tricologista.

Mas é preciso atenção: os produtos específicos para os cuidados e proteção dos fios de cabelo não são adequados para proteção do couro cabeludo. “O erro das pessoas é utilizar bloqueador ou protetor solar para os fios achando que também está protegendo a pele da cabeça. Esse erro expõe o couro ao risco do câncer de pele. É importante ressaltar que pessoas com os cabelos muito finos ou calvos têm maior facilidade da sofrer com a entrada de radiação ultravioleta pelo couro cabeludo. É preciso ter atenção redobrada”, alerta Valine.

Para proteger o couro cabeludo, o ideal é utilizar protetor solar, seja em creme ou spray, com FPS superior a 50, evitar sol entre às 10h e às 16h e, se possível, cobrir a cabeça. “Você deve passar protetor solar no couro cabeludo da mesma forma que passa no corpo. Também pode usar e abusar de chapéu, boné ou lenços, porém é preciso ficar atento ao material que ele produzido, já que trama frouxa como alguns chapéus de palha ou malha, por exemplo, poderá permitir que a luz UV penetre no couro cabeludo”, explica a tricologista.

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