Psicanalista alerta sobre crises de choro compulsivas
Muitas lágrimas já rolaram desde que começou o BBB21. Fiuk, Kerline, Carla, Arthur, Lucas, Pocah, Juliette, Arcrebiano, Lumena e até mesmo o apresentador Tiago Lifert já caíram no choro em apenas três semanas de confinamento. Os sentimentos afloram por diversos motivos, mas os principais deles, são: rejeição, medo de ser mal interpretado, decepção por desempenho em prova, saudades de casa, desentendimentos e claro, por culpa.
Sabe quando a gente passa por uma situação e, ao nos arrependermos por qualquer motivo, queremos sair correndo porque estamos envergonhados? Para a psicanalista Kélida Marques, a culpa é um dos piores sentimentos que o ser humano pode ter e somente a culpa pode provocar um choro copioso e profundo. “A culpa joga o ser humano no mais profundo íntimo, onde seu superego diz: ‘Você foi uma pessoa ruim’. E convenhamos ninguém quer ser visto como o lobo mal da história, ainda mais pelo Brasil todo, como anda acontecendo na casa mais vigiada do país” – pontua.
Ainda de acordo com a psicanalista, conhecida como provedora do amor, cada emoção gera um sentimento e no caso da culpa, quando ela se instala, o medo do julgamento aparece e as coisas ficam ainda mais confusas, é por isso que de acordo com a psicanalista, nos dias que sucedem o choque, as pessoas costumam ficar mais desgastadas, cansadas e pensativaso que automaticamente aumenta a sua mania de perseguição. “A mania de perseguição acontece, pois, uma vez a culpa instalada no subconsciente, tudo e todos começam a enxergar apenas o lado que ela mais quer esconder” – destaca.
Mas então, como lidar com esse sentimento? Kélida explica que, quanto mais nos engajamos em certos pensamentos, mais aumentamos a chance deles permanecerem em nossa rotina “O nosso cérebro tem uma grande capacidade de “flexibilidade”, ou seja, quanto mais focamos em pensamentos e em comportamentos específicos maior é a força de criar novas conexões no cérebro.” Como resultado, maior a probabilidade de mudarmos os nossos pensamentos e isso influenciará na forma como enxergamos o mundo.
Dessa forma, ainda segundo a profissional romper o ciclo da culpa preocupante e o que nos paralisa requer a vontade de estar aberto para um exercício constante de auto-reflexão e uma certa dose de otimismo – mesmo que no momento esteja pequeno. “A superação desse ciclo, além de promover uma melhor autoestima e capacidade de expressão, aumenta a nossa capacidade de empatia com o outro e consigo mesmo, atitude que tem faltado nessa edição do Big Brother Brasil” – finaliza Kélida.