Escolha alimentar: como as pessoas decidem o que comer?
Você já se perguntou “por que as pessoas comem o que comem?”. A resposta para essa pergunta, com certeza, não é simples.
A escolha alimentar é resultado da interação de múltiplos fatores, sejam biológicos, ambientais, sociais ou psicológicos.
Para mudar comportamento é necessário compreender os determinantes que afetam a escolha dos alimentos.
Mudar comportamento envolve muito mais do que conhecimento e informação. Para propor ações de educação alimentar e nutricional que visem de fato essa mudança, precisamos compreender os diversos fatores relacionados a tudo que uma pessoa ou comunidade conhece e acredita sobre alimentação e nutrição.
Outra questão muito importante é a abordagem multidimensional do alimento. O alimento não se limita à dimensão biológica, ele também representa aspectos culturais, sociais e afetivos dos indivíduos e das comunidades.
As pessoas tomam decisões sobre os alimentos a todo o momento: Quando comer? O que comer? Com quem comer? Quanto comer?
Não importa se estamos falando de uma refeição ou apenas de um lanche, as vontades relacionadas às escolhas alimentares são complexas e influenciadas por muitos fatores.
Afinal, como é feita a escolha alimentar?
Compartilho a seguir alguns exemplos dos principais determinantes das escolhas alimentares:
- Biológicos /Sabores – prazer de comer “fome hedônica”;
- Econômicos/Custos – disponibilidade de alimentos; acesso a feira, sacolões, supermercados, entre outros;
- Sociais / Culturais – formas de preparo, tradições e meio social;
- Psicológicos / Humor – combustível para compulsões levando a comportamentos disfuncionais na relação com alimento.
Lembre-se de que comemos alimentos!
Você já ouviu alguém dizer: “Nossa, que delicioso está este zinco”, ou, então, “Você prepara maravilhosamente este magnésio com cálcio”? Não!
E se você ficou surpreso com essas expressões, é porque você já se deu conta de que no dia a dia comemos alimentos e não nutrientes.
Portanto, limitar a alimentação à dimensão biológica não faz sentido quando falamos do comportamento alimentar.
A nossa alimentação e as nossas escolhas alimentares estão relacionadas a diversos fatores, que chamamos de “determinantes do comportamento alimentar”.
A formação de hábitos alimentares saudáveis começa muito cedo, já no ambiente intrauterino. A infância, e em especial os primeiros mil dias de vida da criança, período que compreende a gestação e os primeiros dois anos de vida da criança, é uma janela para a formação de hábitos alimentares saudáveis.
Por isso, nunca se esqueça de que os hábitos alimentares saudáveis formados nesse período tendem a permanecer por toda a vida!
Quem é Rosangela Sampaio?
Rosangela Sampaio é psicóloga, palestrante, escritora e apresentadora do programa Mulheres em Flow.
Dentre seus trabalhos literários estão o capítulo “O poder do autoamor”, da obra “Autoamor – Um caminho para regulação emocional e autoestima feminina”, além das coordenações editoriais e coautorias dos livros “Sem Medo do Batom Vermelho”, onde aborda um tema que é sempre polêmico, a rivalidade feminina, e “Mulheres Invisíveis”, sobre violência contra a mulher.
Também é colunista de portais expressivos e revistas nacionais, entre eles O Segredo, Revista Vivendo PlenaMente, Revista Cenário Minas e Revista Statto, onde leva informações sobre saúde mental para todos com uma linguagem leve, acessível e mostrando que disfunções emocionais fazem parte da vida de todos, não apenas “de gente fraca”.
Saiba mais sobre o seu trabalho em @rosangelasampaiooficial e @mulheresemflowoficial.