Revestimento 3D: profissionais da Meet Arquitetura explicam como utilizar a tendência do acabamento sem medo!

Caracterizados por sua volumetria, onde a junção das placas cria superfícies com um efeito tridimensional, o revestimento 3D possui uma grande diversidade de materiais disponíveis no mercado. Mas como utilizá-lo sem medo em seu imóvel? Para esclarecer as principais questões, a designer de interiores Roberta Saes e a arquiteta Flávia Nobre, dupla à frente do escritório Meet Arquitetura, separaram dicas imprescindíveis que incentivam um olhar mais apurado para o revestimento e mitigam o medo de errar! Confira:

 

  1. Materiais:

 

No mercado, revestimento 3D é encontrado com uma grande diversidade de materiais:

cerâmica, porcelanato, cimentício, gesso e até mesmo o PVC. Cada um com uma solução, finalidade e indicação de uso, porcelanato e cerâmica podem ser especificados para todos os ambientes da casa, principalmente em locais como maior contato com a água, como banheiros e cozinhas. “Gostamos muito do porcelanato, pois no dia a dia do morador propiciam fácil manutenção. Sem contar o leque de opções que nos levam a projetar ambientes vistosos e super modernos”, explica Flávia Nobre.

 

Já os cimentícios, que vêm ampliando o seu espaço na arquitetura de interiores, são perfeitos para áreas externas em função da alta tecnologia que são produzidos, resistência e durabilidade. No entanto, o revestimento à base de cimento também faz muito bonito na parte interna dos projetos e possibilita a aplicação de cores.

 

Quanto aos de PVC e a oferta de peças de gesso, podem ser empregados apenas nos ambientes internos do projeto e se evidenciam pelos desenhos menores e mais delicados.

Em mais uma cozinha, as profissionais da Meet Arquitetura investiram no efeito 3D do revestimento. O efeito ‘ondas’ do porcelanato agregou volume e movimento em sintonia com o desejo de leveza e modernidade | Foto: Henrique Ribeiro

 

  1. Melhores cômodos

 

Desde uma varanda gourmet até um quarto infantil, o revestimento em 3D pode marcar presença em qualquer ambiente: basta escolher o estilo e atentar-se ao material escolhido, que deve estar de acordo com as características do local.

 

Para um quarto infantil utilizaríamos, por exemplo, o revestimento em PVC, pois ele permite ser pintado de qualquer cor e possui desenhos pequenos e delicados. Já para uma varanda gourmet, o porcelanato é uma escolha segura, pois protege contra a gordura sem absorvê-la”, explica Roberta Saes. Além disso, Flávia comenta que o 3D se revela como uma oportunidade para variar o ‘padrão’ naqueles ambientes onde o revestimento, por si só, é mandatório. “Com raras exceções, ninguém deixa de considerar o uso da cerâmica ou porcelanato em cômodos como banheiros, cozinhas e áreas de serviço”, diz.

 

  1. Mas como combinar?

 

Afinal, é melhor empregar o revestimento em todas as paredes ou em apenas uma? E como posso fazer essa combinação? Segundo as especialistas, o mais indicado é eleger o destaque do 3D em apenas uma parede. “Por chamar bastante a atenção, sempre recomendamos parcimônia e moderação para que não aconteça um excesso de informação nas paredes”, argumenta Flávia.

 

Desta forma, é importante que os demais elementos decorativos do ambiente estejam em equilíbrio e ‘conversem’ entre si. “Como o revestimento traz consigo a expressão de personalidade, estudamos as cores que estarão presentes no espaço, bem como os demais acabamentos”, relaciona Roberta.

Na parede principal da sala de jantar, Roberta e Flávia optaram pelo visual do revestimento cimentício | Foto: Henrique Ribeiro

 

  1. Principais cuidados

 

Os cuidados são fundamentais para deixar o revestimento sempre vivo e conservado. Segundo as especialistas, para este acabamento o ideal é trabalhar a limpeza com um pano úmido. O procedimento por si já possibilitará que as peças estejam higienizadas e livres de possíveis manchas em detrimento ao uso de produtos químicos.

  1. Instalação

 

Em linhas gerais, as profissionais da Meet Arquitetura indicam que as paredes estejam limpas e livres de resíduos antes da aplicação. No entanto, fazem a ressalva de que cada material dispõe de procedimentos diferentes e específicos para instalação. “No caso o cimentício, as peças não podem ser recortadas, devem vir prontas de fábrica e, por conta do peso do produto, as paredes devem ser preparadas para suportar o peso”, indica a arquiteta Flávia.
Porcelanato e cerâmico têm a aderência assegurada com a argamassa, enquanto os cimentícios requerem um preparo especial na instalação. “A argamassa também necessita de uma dupla colagem. Após sua instalação, é passado uma espécie de ‘verniz’ que protege as peças”, detalha a designer Roberta. Em contrapartida, os revestimentos em gesso e em PVC são bem simples e fixados com cola própria.

Combinado com a marcenaria, neste projeto as profissionais optaram pelo porcelanato. A cor neutra, selecionada junto com o revestimento de movimentos orgânicos, foi pensada para quebrar o geométrico do ripado da madeira e produzisse fluidez e diversão ao espaço. | Foto: Henrique Ribeiro

 

  1. Iluminação

 

A iluminação é o grande segredo por trás do revestimento 3D. A textura só será valorizada e percebida quando combinada com a luz do ambiente. Para Roberta Saes, este efeito desejado é alcançado apenas com uma iluminação bem dirigida ou direta.

Indicamos o uso de spots com lâmpadas dicróicas, assim teremos um revestimento com sua tridimensão bem valorizada”, finaliza.

Neste projeto, o escritório lançou mão de dois tipos de revestimento em 3D: porcelanato na cozinha e o cimentício na sala de jantar. Ambos no mesmo tom, optaram por um tamanho pequeno para que houvesse destaque na volumetria das peças, dando ilusão e profundidade ao projeto. | Fotos: Henrique Ribeiro

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