A onda da ‘desarmonização facial’: Dr. Emanuel Bernardino reforça a atenção para evitar exageros e arrependimentos no procedimento estético
Na última semana um traficante do Amazonas viralizou após ‘trocar de rosto’ para não ser conhecido pela polícia. De acordo com as manchetes, ele realizou procedimentos estéticos com a intenção de realmente mudar sua fisionomia. Porém, o tema abriu a discussão para algo bastante importante: quais são os limites de procedimentos estéticos? Toda harmonização facial muda totalmente a aparência da pessoa? Há limites e exageros? E quem se arrependeu com a harmonização?
Pensando nisso e até destacando uma certa onda de ‘desarmonizações faciais’, o especialista Dr. Emanuel Bernardino, dentista que atende na Barra da Tijuca e em Rocha Miranda, no Rio, reforçou a atenção com o procedimento, inclusive para evitar os arrependimentos.
“Nos dias de hoje a busca pela beleza nos traz um tema que aborda inclusive onde é o limite de cada rosto. O profissional tem o dever de alertar ao paciente sobre os riscos dos excessos de produtos aplicados no rosto, respeitando a simetria facial”, explica Emanuel, que é especialista em harmonização. Ele ressalta: “Os limites existem. Trabalhamos diretamente com os tecidos ‘moles’, podendo lesionar e criar deformidades por excesso de produto aplicado”.
O profissional explica que atualmente é comum ouvir falar em ‘desarmonização facial’. Isso, segundo ele, ocorre por falta de informações: “Muitas desarmonizações faciais acontecem por falta de bom senso. Os implantes faciais, sendo eles definitivos ou não, absorvem o excesso e trarão uma mudança na face a ponto do paciente não se reconhecer mais. Perda de identidade é muito perigoso.”
Caso o paciente queira reverter uma harmonização, Emanuel explica que não se trata de algo complexo: “É muito simples pois o material é degradado através de uma enzima chamada hialuronidase. O resultado começa a aparece no dia seguinte, podendo se estender por um mês em média, dependendo da quantidade de produto a ser removido.”