Consumo de streaming é hábito diário para 43% dos brasileiros durante a pandemia

Pesquisa realizada pela divisão de Mídia da Nielsen Brasil em parceria com a Toluna, com foco em hábitos e tendências do consumo digital, revela que 42,8% dos brasileiros entrevistados assistem a conteúdos de streaming todos dias, enquanto outros 43,9% tem essa prática ao menos uma vez por semana. Apenas 2,5% das pessoas declaram nunca assistir algo por este meio. O estudo foi realizado no dia 30 de junho e abrange os hábitos e comportamentos desses brasileiros ao longo das quatro semanas do mês.

O levantamento aponta que o vídeo por streaming lidera como meio preferido entre os entrevistados: 73,5% dos que responderam afirmaram usar plataformas como Netflix, Globoplay e Amazon Prime, enquanto 63,8% utilizam sites de vídeos como YouTube e Vimeo, 61,5% TV aberta e 54,9% TV a cabo.

Os números da Nielsen e Toluna deixam claro que, entre os mais jovens, as plataformas de streaming são ainda mais fortes: 77,2% dos respondentes entre 24 a 35 anos usam estes serviços e, entre 16 a 23 anos, o percentual é de 76,8%. Por outro lado, a TV a cabo é a favorita para os entrevistados com mais de 56 anos (65,7%), enquanto a TV aberta é uma opção bastante considerada pela faixa de 46 a 55 anos (62,9%).

Entre os serviços utilizados, dois gigantes lutam pela dianteira: YouTube (89,4%) e Netflix (86,6%), seguidos de Amazon Prime (40,2%), Globoplay (25,5%), Instagram TV (18,8%), Telecine Play (18,6%), HBO Go (14,3%) e Google Play (12,3%). Os demais serviços, como Apple TV, Globosat Play, Net Now, e Youtube Premium não chegaram a 10% da preferência.

Antes mesmo da pandemia da COVID-19, que impôs o isolamento social, o Brasil já figurava entre os dez maiores mercados consumidores desses conteúdos no mundo. Com as restrições, os números do levantamento da Nielsen Brasil deixam ainda mais evidente que é um segmento em expansão no país. Como explica a líder de Mídia da Nielsen, Sabrina Balhes.

“Os conteúdos sob demanda realmente se tornaram companheiros da população nos momentos mais complicados da pandemia. Neste sentido, a qualidade e variedade do conteúdo oferecido pelas plataformas de vídeos e áudios é chave para atração e retenção de mais consumidores”, afirmou Sabrina.

SMARTPHONES SE DESTACAM COMO DEVICES PREFERIDOS PARA CONSUMO DE STREAMING E COMPRAS ONLINE

Neste novo mundo de consumidores ligados em vários aparelhos e conteúdos ao mesmo tempo, os smartphones se destacam. Eles não são apenas os devices preferidos para assistir vídeos, como seu momento de pico coincide com o ápice das compras online. O horário do dia que concentra maior venda no e-commerce no Brasil, das 9h às 15h, com 28,6% das vendas digitais, é também onde o smartphone tem liderança entre os devices mais utilizados: 86,2%, muito à frente de laptop-notebook (62%), desktop (40,4%), SmartTV (39,5%), consoles de jogos (17,1%) e tablets (17%).

Os smartphones seguem de perto as grandes telas de TV na hora de ver vídeos de streaming ou baixados da internet. Enquanto os aparelhos de TV são a preferência de 76,6% dos pesquisados, os telefones respondem por 64,8%, à frente de laptop/notebook/desktop (56,3%), tabletes (18,2%) e consoles de jogos (13%).

Segundo Renata Bendit, líder do time de Satisfação do Cliente na América Latina da Toluna, o conforto de assistir aos conteúdos em uma tela grande ainda prevalece, mas os hábitos estão mudando: “As pessoas também foram conquistadas pela facilidade de realizar atividades em seu dia a dia utilizando os aplicativos para smartphones – sejam eles para fazer compras, realizar um atendimento de telemedicina ou acessar os serviços de streaming de vídeo e de música. Os consumidores estão preferindo realizar essas operações em apps em vez de usar o acesso pelos sites”, afirmou.

Neste ambiente, a maior parte dos entrevistados não se sente incomodada com a publicidade durante o surto da Covid-19: 21,3% disseram estar muito confortável com anúncios durante a pandemia, e outros 22,5% responderam se sentir pouco confortável. Por outro lado, um grupo de 29,9% dos entrevistados apontaram ser “neutros” sobre a questão. Apenas 11,9% se classificaram como muito desconfortáveis com a publicidade em tempos de coronavírus e 15,4% um pouco confortável.

METODOLOGIA

A Nielsen Mídia e a Toluna – fornecedora de insights sobre consumidores sob demanda – entrevistaram 1.260 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 16 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de margem de confiança. A coleta de dados ocorreu no dia 30 de junho de 2020, considerando as quatro semanas anteriores à sua aplicação, e em algumas questões somente na semana anterior (entre 24 e 30 de junho).

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