Síndrome do Choque Tóxico: como o uso de coletores e disco menstruais podem te salvar dessa infecção grave

Todas nós já passamos pelo sufoco de fazer aquela viagem para a praia e passar horas com o mesmo absorvente interno – e se não passou, fica a dica: não passe! Por mais que os absorventes internos sejam seguros, a falta de cuidado e higiene pode comprometer a sua saúde e gerar doenças mais sérias como Síndrome do Choque Tóxico (SCT).
A SCT é uma infecção rara causada pelo excesso de toxinas que podem ser produzidas pela bactéria Staphylococcus aureus, que são encontrados no corpo e ela está comumente relacionada aos absorventes internos pois, como diz o nome, eles absorvem o sangue e o encapsulam, tornando-o o ambiente ideal para a proliferação desses micróbios.

“Alguns dos sintomas principais são febre alta de início súbito, convulsão, desmaios, vômitos, diarréia, tonturas, queda de pressão, irritações cutâneas idênticas às queimaduras solares, descamação da pele, dores musculares e de garganta.”, aponta Mariana Betioli, obstetriz e fundadora da marca Inciclo. E aviso: apesar dos sintomas parecerem inofensivos, o resultado pode ser grave. Em 2018, a modelo americana Laura Wasser precisou amputar sua perna após obter a Síndrome do Choque Tóxico, que pode até mesmo ser fatal.

Com o avanço da tecnologia, atualmente, existem muitas alternativas aos absorventes descartáveis e uma das principais delas são os coletores mentruais. Em teoria, eles são muito similares aos absorventes internos por serem inseridos dentro da vagina, mas o processo é totalmente diferente. Os “copinhos” coletam somente o sangue e devem ser esvaziados em até 12 horas, já os absorventes acabam absorvendo o fluxo e também toda a umidade natural da vagina. Além dos coletores menstruais, existem também os discos menstruais, “O disco menstrual tem os mesmos benefícios do coletor menstrual, e coleta a menstruação, mas o grande diferencial é o local onde ele fica posicionado, no fundo do canal vaginal, junto ao colo do útero, enquanto o coletor fica logo na entrada do canal, ou seja, o canal vaginal fica “livre” e isso muda tudo porque a posição do coletor permite relações sexuais mesmo com o seu uso. Nenhum dos dois (coletor e disco menstrual) altera a umidade ou o ph vaginal.”, informa Mariana.

Em conclusão: atualmente existem diversas alternativas ao famoso absorvente interno e talvez demore um pouco até que se acostume com todas elas, mas é garantido: o bolso, o meio-ambiente e a sua saúde agradecem.

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