Pele ressecada pode causar dermatites e até mesmo infecções bacterianas secundárias
A pele é o maior órgão do corpo humano e é a responsável por sua proteção mais superficial. Diversas situações do ambiente externo e do próprio organismo podem levar a um quadro chamado de xerose, o ressecamento cutâneo. Aspecto opaco e esbranquiçado, descamação e coceira são os principais sintomas da pele seca, que necessita de cuidados mais profundos para sua restauração.
Os fatores que influenciam no ressecamento da pele incluem tempo frio ou pouca umidade no ar, poluição, exposição ao sol sem o uso de protetores solares, excesso de contato com a água e banhos quentes, cuidados diários inadequados, desidratação, doenças pré-existentes, principalmente de origem hormonal, menopausa e até mesmo o processo de envelhecimento cutâneo.
A dermatologista e assessora médica da FQM Melora, Dra. Thais Matsuda, explica que a pele seca é mais vulnerável aos agentes externos, como ácaros, fungos, vírus e bactérias. Então, quando o sistema imunológico identifica algum tipo de invasão desses micro-organismos, ele entra em ação e isso se manifesta sob forma de prurido, a coceira. E, se não houver um estímulo à regeneração da pele que foi agredida pela coçadura, podem surgir lesões, conhecidas como eczema asteatósico e até infecções bacterianas secundárias.
“Um teste simples, que permite avaliar a desidratação, é fazer uma pequena prega na pele, como um belisco, e verificar quanto tempo ela demora a voltar ao normal. Este retorno ao estado normal deve ocorrer em menos de 2 segundos. Um tempo igual ou superior pode indicar um quadro de desidratação sistêmica mais grave”, orienta a especialista.
Ainda de acordo com a dermatologista, um bom hidratante deve conter em sua fórmula três tipos de ativos: umectantes, para evitar a perda excessiva de água e auxiliar na captação da umidade, como a ureia; emolientes, que promovem a hidratação e preenchem os espaços entre as células, como o esqualano; e oclusivos, que formam uma película protetora na pele para evitar a evaporação transepidérmica excessiva, como o óleo mineral.