O valor da diferença no cotidiano das empresas
Foi a força da legislação, em 1991, que abriu as portas do mercado de trabalho para pessoas com deficiência. A Lei nº 8.213, conhecida como Lei de Cotas, obriga empresas com mais de 100 funcionários a disponibilizarem de 2% a 5% das vagas do quadro de funcionários para essas minorias.
No entanto, a constituição só deu o pontapé inicial. Foi a mudança de comportamento espontânea e liderada pelas gerações mais jovens que mudou definitivamente as regras do jogo. Segundo a teoria do consumo o segmento populacional dos 18 aos 24 anos é o mais influente. Isso significa que as gerações anteriores e as posteriores sempre querem se parecer com ele. É a referência estética. E os Z – assim chamados por virem depois das gerações X e Y – começam a posicionar-se no topo dessa pirâmide de influência, e, em cinco anos a terão dominado.
Eliana Tartaglione, gerente de RH na dbm contact center, explica que uma das características mais acentuadas da geração Z é o senso de responsabilidade social, o desapego das fronteiras geográficas e a necessidade de exposição de opinião. “Na prática, esses jovens que estão no topo da pirâmide da influência valorizam o multiculturalismo e vestem a camisa da diversidade. Eles lideram um movimento positivo que obriga as empresas a investirem em perfis diferentes no seu quadro de funcionários não apenas para ficar bem na foto nas redes sociais, mas para entender a necessidade dos novos consumidores”, reflete a executiva.
Ela destaca que a bandeira da diversidade foi levantada pela dbm contact center há muito tempo e que a contratação de pessoas de idades, posição social e orientação sexual diversas fazem parte da cultura organizacional da empresa. “O nosso próprio setor, de relacionamento com o cliente, favoreceu essa política, desde a fundação da dbm. Grande parte da nossa equipe trabalha no backstage, ou seja, atrás da linha de telefone. Por isso, a aparência nunca importou na hora da contratação. Sempre tivemos funcionários com cabelos coloridos, piercings e tatuagens, por exemplo, sem medo de enfrentar a ala conservadora da sociedade. Nunca enxergamos a aparência como um empecilho. Ao contrário: nossos gestores são visionários e sempre entenderam que, num mercado cada vez mais globalizado, a diversidade em uma empresa vai além de respeitar e aceitar as diferenças e precisa refletir de dentro para fora da organização. Por isso, sempre fizemos questão de investir em uma equipe com diversos perfis e rica em talentos. Acreditamos que essa postura melhora os resultados da empresa e contribui para o nosso crescimento”, destaca Eliana.
Melina Lass, diretora de operações da dbm contact center conta que nunca enfrentou barreiras por ser mulher e conquistou um cargo de liderança. Ela é testemunha ocular da história da companhia e é capaz de reconhecer que o código de conduta de respeito ao próximo sempre esteve presente rotina da empresa. “Os líderes influenciadores e motivadores trabalham a inclusão do profissional na equipe e dão o exemplo sobre a importância do tratamento igualitário entre todos os integrantes, sem distinção. Na dbm, os colaboradores da terceira idade convivem em harmonia com os jovens de todas as tribos e nos orgulhamos que o respeito às diferenças faz parte do nosso dia a dia”, afirma.
Números refletem o valor do respeito à diferença
Uma pesquisa da Havard Business aponta que um ambiente empresarial no qual se respeita as diferenças há uma redução de conflitos na ordem de 50%. Esse fator melhora a convivência e faz com que os colaboradores se sintam mais seguros e acolhidos. “Apostamos no clima organizacional como uma estratégia para diminuir o turnover, que é alto em organizações que atuam no nosso segmento. E os estudos mostram que estamos no caminho certo. A pesquisa da Harvard Business revela ainda que nas empresas nas quais o ambiente de diversidade é reconhecido, os funcionários estão 17% mais engajados e dispostos a irem além das suas responsabilidades”, informa Melina.