Doenças crônicas: do que as mulheres sofrem?

Estima-se que as mulheres representam cerca de 78% dos casos de doenças autoimunes no mundo e cerca de 60% no Brasil.

Mariana Ortega Perez, membro do corpo médico da conceituada Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra – referência na área há mais de 75 anos, chama a atenção dos especialistas para os cuidados com o público feminino, pois não é só com o passar da idade e os esforços maiores, a gravidez também está em risco por conta das complicações das doenças autoimunes.

Existem mais de 120 doenças reumatológicas, as mais comuns que acometem esse público feminino são: Osteoporose; Lúpus Eritematoso Sistêmico; Artrite Reumatoide; Fibromialgia; Esclerose Sistêmica; Polomiosite; entre outras. Vale ressaltar que 75% dos pacientes com artrite reumatoide são do sexo feminino, além do que mulheres tem uma chance 10 vezes maior de desenvolver lúpus em comparado com homens. Grandes nomes, como a cantora Edith Piaf e a pintora Frida Kahlo, padeceram de doenças reumáticas em uma época em que os tratamentos eram limitados.

Muito além das doenças crônicas, por conta da jornada dupla, comum na vida de muitas mulheres brasileiras, elas ficam também mais suscetíveis à dores nas costas.

Se pudéssemos traçar uma curva do tempo, veríamos que, no geral, as doenças reumáticas acometem mulheres jovens em idade reprodutiva. Algumas destas doenças podem piorar no parto e no puerpério, e as pacientes precisam ser orientadas pelo reumatologista sobre o melhor momento de engravidar. Já na pós-menopausa, temos mais casos de osteoporose e osteoartrose. A osteoporose leva a um enfraquecimento dos ossos e aumento do risco de fratura, ao passo que a osteoartrose causa desgaste e inflamação de articulações como mãos e joelhos. – Mariana Ortega Perez

 Nos últimos meses, com a pandemia da COVID-19, estamos vendo um maior número de mulheres com quadros de dor. As mulheres estão acumulando mais funções, há uma sobrecarga nas articulações, aumento de peso e redução da atividade física. Além disso, na pandemia, está havendo um aumento dos transtornos de ansiedade e depressão, que pioram os quadros de dor articular.

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